Leishmaniose Visceral

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A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença infecciosa zoonótica grave e encontra-se em franca expansão para grandes centros urbanos em todo o Brasil. É causada pelo protozoário Leishmania (Leishmania) infantum chagasi e também é conhecida como Calazar.

Este parasita é transmitido pela picada da fêmea do flebotomineo Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi, este ultimo de ocorrência no estado do Mato Grosso do Sul. Em áreas urbanizadas o cão doméstico é o principal reservatório do parasita.

Os insetos vetores são pequenos e de coloração palha ou amarelada por isso são conhecidos como mosquito palha ou ainda, no interior do estado de São Paulo, como birigui, canguinha ou asa dura. De habito noturno (do entardecer ao amanhecer), desenvolvem-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica. A transmissão da doença ocorre quando a fêmea do vetor se alimenta de sangue de um cão infectado, em seu tubo digestivo o parasita se multiplica e desenvolve tornando-se infectante. Essas formas infectantes da leishmania, no momento de um novo repasto sanguíneo da fêmea do vetor, serão inoculadas em um novo individuo.

 

 

Apesar de grave, a LV tem tratamento para os humanos, que deve ser iniciado o mais rapidamente possível. Os principais sintomas são febre de longa duração (mais de 7 dias), aumento do fígado e baço, que podem deixar a barriga grande, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia, dentre outras manifestações.
No homem o período de incubação é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses .

 

Leishmaniose Visceral Canina

Em área urbana, o cão é a principal fonte de infecção. Os casos caninos geralmente precedem a ocorrência de casos humanos.
Os cães doentes ou infectados podem ser fontes de infecção para o inseto transmissor. A única forma de detectar a infecção nos cães é através dos exames de laboratório específicos.
Em cães que foram infectados ocorre a disseminação do parasito por todo o organismo com posterior desenvolvimento dos sintomas.
Quando os cães adoecem, apresentam principalmente os seguintes sinais clínicos: apatia, lesões de pele, queda de pelos (inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas), emagrecimento, conjuntivite e crescimento anormal das unhas.
No cão o período de incubação varia de três meses a vários anos, com média de três a sete meses.

Prevenção
Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas de proteção individual devem ser utilizadas, tais como: uso de mosquiteiro com malha fina, tela em portas e janelas, uso de repelentes, não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente pode ser encontrado.

Aos proprietários de cães em áreas de transmissão recomenda-se adotar a posse responsável do animal, mantendo o mesmo em ambientes telados com malha fina, durante o período de maior atividade do vetor (do entardecer ao amanhecer) e o uso de coleiras repelentes de inseto.

Recomenda-se aos munícipes que auxilie na não proliferação do inseto vetor, evitando a criação de porcos e aves em áreas urbanas, mantenha a casa e quintal livre de matéria orgânica, recolhendo folhas de arvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas. Proprietários de terrenos desocupados devem adotar as mesmas medidas.

 

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