Rubéola

Informações para o cidadão e profissionais de saúde

 

 A rubéola é uma doença aguda, benigna e contagiosa. A doença é conhecida como "sarampo alemão" ou sarampo de três dias. Apresenta este nome pelo aspecto avermelhado ou rubro do paciente. A doença é causada por vírus RNA (classificado como um Togavírus do gênero Rubivirus), que acomete crianças e adultos jovens, embora os médicos qualifiquem a doença como própria da infância.
A pessoa só pode ter rubéola uma vez, pois o próprio organismo infectado cria anticorpos que a protegem de outro ataque, tornando-a imune à doença.

Transmissão
A rubéola é uma doença infecciosa que se transmite da mesma forma que uma gripe. O vírus sobrevive na saliva e nas secreções nasais e, através da tosse ou da respiração, é transmitido para outras pessoas. Esta forma de transmissão facilita o contágio em creches e escolas. O homem é a única fonte deinfecção.
Crianças nascidas com rubéola, por contágio da mãe grávida (rubéola congênita) podem permanecer fonte de contágio por muitos meses.
A maior incidência de casos de rubéola ocorre entre o fim do inverno e o começo da primavera. 25 a 50% das infecções cursam sem sintomas.
O período de maior contágio varia de cinco e seis dias antes e vai até depois do surgimento do enxantema (manchas avermelhadas no corpo).

Sintomas
O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de cabeça, dores no corpo (articulações e músculos), coriza; aparecimento de gânglios (ínguas), febre baixa e exantemas (manchas avermelhadas) inicialmente no rosto que depois se espalham pelo corpo todo.

Diagnóstico
O diagnóstico clínico (pelo conjunto dos sintomas e achados ao exame físico feito pelo médico) somente é confiável na situação de uma epidemia, uma vez que os sintomas são comuns a outras viroses, inclusive a gripe comum, e as manchas de pele também aparecem de um significativo número de viroses (mononucleose, sarampo, dengue, etc). Por causa de sua semelhança com várias outras enfermidades, o diagnóstico preciso de rubéola só pode ser obtido pelo exame sorológico.

Rubéola Congênita
O grande risco da rubéola está na gravidez. A gestante que contrai a rubéola apresenta grandes riscos para o feto. Até os três primeiros meses de gravidez pode abortar, ter parto prematuro ou a criança pode nascer morta. O feto pode apresentar a síndrome da rubéola congênita, que se caracteriza por má-formação e uma série de males que podem acometer a criança, como cegueira, surdez ou alterações cardíacas.
As crianças com a síndrome da rubéola congênita muitas vezes não apresentam sintomas e, por isso, é importante que qualquer criança suspeita de estar com esta síndrome seja submetida ao exame médico, pois pode existir o risco de transmissão da rubéola até um ano de idade.

Tratamento
O tratamento é sintomático. Antitérmicos e analgésicos ajudam a diminuir o desconforto, aliviar as dores de cabeça e do corpo e baixar a febre. Recomenda-se também que o paciente faça repouso durante o período crítico da doença, pelo risco de transmissão de pessoa a pessoa. A criança que nasce com rubéola deve ser mantida afastada de outras crianças e de gestantes.
Não existe um tratamento clínico para rubéola, pois o próprio organismo produz anticorpos que, alguns dias depois, promovem a cura e imunizam o doente para o resto da vida.

Vacina
Como se trata de uma doença contagiosa, a vacinação é o principal meio de controle sendo utilizada a vacina tríplice viral, que também imuniza contra a caxumba e o sarampo.
A vacina contra a rubéola é eficiente em quase 100% dos casos e deve ser administrada de rotina em crianças ao completar um ano de idade e uma segunda dose àquelas de quatro a seis anos. Esta vacina também é utilizada para ações de controle quando há casos isolados ou surtos.
Mulheres que não tiveram a doença ou ainda não receberam a vacina devem ser vacinadas antes de engravidar ou se forem gestante logo após o nascimento da criança, no período do pós-parto.

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Informe Técnico sobre Sarampo e Rubéola - 2018

Informe Técnico sobre Síndrome da Rubéola Congênita - 2017