Prefeitura registra queda de 15% na mortalidade infantil

No ano passado, taxa ficou em 10,72 por mil nascidos vivos contra 12,57 por mil nascidos vivos em 2007. Na Zona Sul, queda chegou a 23,3% neste período

 Dados consolidados pela Secretaria Municipal da Saúde registram diminuição de 15% na taxa de mortalidade infantil em 2015 (10,72 por mil nascidos vivos) em comparação com 2007 (12,57 por mil nascidos vivos). Entre os motivos apontados pelos técnicos estão o aumento de cerca de um milhão de consultas na atenção básica nos últimos três anos e a maior presença de médicos nas unidades de saúde. Somente o programa federal Mais Médicos levou 244 profissionais para as UBS das regiões mais periféricas.


Em 2007 a taxa de mortalidade infantil na zona Leste estava em 13,60 por mil nascidos vivos, com tendência de aumento – 13,73 e 14,91 em 2008 e 2009, respectivamente; oito anos depois, passou para 11,69 por nascidos vivos - uma redução de 14%. Na zona Sul, a taxa caiu 23,3% (de 13,84 em 2007 para 10,61 no ano passado).


As três supervisões de Saúde que registraram a maior queda entre 2007 e 2014 – dados de 2015 por supervisão estão em fase final de consolidação - foram: Itaim Paulista (de 15,4 em 2007 para 13,7 em 2014); Capela do Socorro (de 17 em 2007 para 10,6 em 2014) e Santo Amaro/Cidade Ademar (11,6 em 2007 para 8,7 em 2014).

No Estado de São Paulo a taxa em 2014, de acordo com a Fundação SEADE, era de 11,43; segundo o Ministério da Saúde (MS), de acordo com o último levantamento do órgão, o índice no País era de 13,42 em 2013.

Três fatores derrubaram a taxa de mortalidade infantil


Essa diminuição foi conseguida, entre outros fatores, pelo empenho da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) em aumentar o número de médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em especial nos últimos três anos, além da ampliação de um (1) milhão de vagas para consultas na atenção básica.


Hoje a Rede conta com 13.860 médicos. A chegada de 244 profissionais do programa federal Mais médicos, em 2013; a implantação, em 2014, do novo modelo de contratação das Organizações Sociais de Saúde (OSS) que gerenciam serviços na Capital, agora com exigência de equipe mínima de profissionais por unidade, e a abertura de dois concursos para preenchimento de vagas.


Este mês a Secretaria e o Ministério da Saúde concluíram os trâmites administrativos e a Capital irá receber mais 160 profissionais brasileiros do Mais Médicos, por meio de um convênio inédito no qual a Prefeitura pagará não só auxílios (moradia e alimentação), como também a Bolsa-Formação no valor de R$ 10 mil.

Reorganização das Organizações Sociais de Saúde


Já em relação aos novos contratos de gestão das OSS, antes do início da territorialização (maio de 2014) havia 5.081 médicos contratados pelas gestoras das Unidades. No mês passado esse número mostrou um incremento da ordem de 12%: 593 profissionais a mais na rede. E mais 482 profissionais provenientes do concurso público de 2014 assumiram seus cargos na SMS. Outro certame está em andamento, com 1.090 oportunidades para profissionais formados em medicina. Em breve haverá a homologação.

Planejamento da Secretaria praticamente zera fila de cirurgia urológica pediátrica


Outra boa notícia para as crianças: nos últimos seis meses caiu drasticamente a fila de cirurgias urológicas. Desde 2010 eram 6.411 meninos e meninas na espera por uma avaliação pré-cirúrgica; hoje, esse número despencou para 493 crianças, que adentraram no segundo semestre do ano passado.


Uma das grandes frustrações de pais e mães de crianças que nascem com deformidades nos órgãos genitais é lidar com o trauma durante a fase de crescimento. Para a criança, significa um trauma. Na cidade de São Paulo havia uma fila de crianças que aguardavam avaliação pré-cirúrgica desde 2010. Eram 6.411 crianças diagnosticadas com fimose, hidrocele, hipospadia, epispádia, testículo ectópico, hipertrofia do prepúcio etc.


A SMS mudou essa situação. Desde a segunda quinzena de novembro de 2015 foram feitas, no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, quatro ações concentradas para a eliminação dessa fila. Sobraram 493 crianças que foram inseridas no segundo semestre do ano passado. Uma redução da ordem de 92,3% na demanda por cirurgias urológicas.


Essas ações realizadas pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, administrado por meio de contrato de gestão com o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, integram o plano “Hora Certa: mais cirurgias, menos tempo de espera”, lançado em outubro de 2015 pela Prefeitura. O plano prevê a ampliação de cirurgias eletivas pediátricas para agilizar o atendimento de crianças e adolescentes que esperam pela realização de procedimentos de média complexidade.


Com a participação no Hora Certa, o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus mais que triplicou o número de cirurgias realizadas em 2015, na relação com 2014, passando de uma média de 250 para 600 procedimentos por mês.


E a partir do segundo semestre deste ano, toda a criança que nascer na Rede Municipal com alguma indicação de avaliação pré-cirurgica urológica sairá da maternidade já encaminhada à avaliação com o cirurgião. Dessa forma, a fila será zerada, pois anteriormente o protocolo era definido por meio da avaliação do pediatra da UBS, que encaminhava para a Rede Especializada.