Secretaria Municipal da Saúde

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Sábado, 23 de Julho de 2022 | Horário: 14:02

Maria Beatriz trabalha para garantir a ética nas pesquisas em saúde

Na SMS desde 1990, ela é secretária-executiva do Comitê de Ética em Pesquisa, onde analisa possíveis impactos na integridade e dignidade dos pacientes

Em 2022, o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) completou 20 anos de atividade. Maria Beatriz Graciano Abrantes, 64 anos de idade, tem orgulho de fazer parte de mais da metade dessa história. Atualmente secretária-executiva do comitê, ela começou a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 1990.

Formada em arquitetura e urbanismo pela então Faculdade Brás Cubas, de Mogi das Cruzes (atualmente Centro Universitário Braz Cubas - UBC), até 1988 manteve um escritório na área. Quando a mãe adoeceu, precisou se dedicar aos cuidados dela. Após prestar concurso, ingressou na SMS em 1990 como chefe do almoxarifado e da farmácia do Pronto-Socorro (PS) Municipal Vila Maria Baixa, na zona norte da cidade.

A foto mostra uma mulher branca de meia-idade, com cabelos nos ombros e parcialmente grisalhos. Ela usa óculos e está ao ar livre, com árvores ao seu redorHá 41 anos no SUS, Maria Beatriz se orgulha do trabalho que faz na capital paulista (Foto: Acervo Pessoal)

Em 1996, Bia, como é conhecida entre os colegas da SMS, passou a trabalhar no Serviço de Atendimento Médico (Same) da mesma unidade. Lá fazia a abertura e o fechamento das fichas de atendimento e procedimentos do PS.

Em 2008, chegou ao Comitê de Ética em Pesquisa como assistente do setor e, após dois anos, passou a ocupar o cargo de secretária-executiva. “A minha função é garantir a operacionalização dos trabalhos do CEP que, além das funções educativas, assessoria em ética e pesquisa, principalmente resguardam os interesses, a integridade e a dignidade dos sujeitos desses estudos, ou seja, das pessoas que participam de pesquisas científicas”, explica.

Comitê analisa e acompanha pesquisas na rede municipal

As pesquisas com seres humanos são importantes para o desenvolvimento de novas tecnologias e conhecimentos em saúde. O papel do CEP é manter a eticidade e a qualidade desses trabalhos.

A foto mostra Maria Beatriz junto a outras dez pessoas, homens e mulheres; eles estão abraçados e sorrindo
Com os integrantes do conselho, em abril de 2018, antes da pandemia (Foto:Acervo Pessoal)

Maria Beatriz conta que é preciso analisar todos esses quesitos minuciosamente para garantir a segurança e a vida das pessoas. Algumas vezes os pedidos de pesquisas são negados, caso haja risco à saúde do voluntário. “Em 2009, a SMS recebeu um pedido de pesquisa para uma análise que tinha como procedimento, para comprovar a tese, intervenções cirúrgicas em bebês. Isso não é viável, coloca em risco a saúde de bebês saudáveis, por esse motivo não foi aprovado”, exemplifica.

A secretária-executiva do CEP destaca, contudo, que inúmeras pesquisas são desenvolvidas na rede municipal, inclusive por pesquisadores estrangeiros. Recentemente, um doutorando norte-americano em antropologia, da Universidade de Chicago, esteve na capital para investigar a importância da tecnologia no atendimento à saúde. “É um estudo muito importante, porque pode resultar em avanços globais na área. Ver que nossos serviços são referência para pesquisas relevantes é motivo de orgulho”, conclui.

A imagem mostra Maria Beatriz, uma mulher branca de meia-idade, sentada em um banco ao ar livre; ela tem junto de si duas crianças, um menino e uma menina, e dois cachorrosA servidora valoriza o tempo livre com os netos Henrique e Alice (Foto: Acervo Pessoal)

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