Secretaria Municipal da Saúde

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Domingo, 26 de Junho de 2022 | Horário: 16:00

Diabetes é uma doença silenciosa, porém de fácil diagnóstico

Rede municipal dá suporte e acompanhamento a mais de 125 mil munícipes que necessitam de insulina, além realizar busca ativa e atuar na conscientização e prevenção

Mais de 9% dos moradores da cidade de São Paulo têm diagnóstico de diabetes, de acordo com o Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico do Ministério da Saúde). Levando-se em conta que esta é uma doença subdiagnosticada e que evolui silenciosamente, estes números acendem um sinal de alerta para a saúde pública.

É justamente para alertar e conscientizar sobre os riscos da doença, além das formas de preveni-la, que o Ministério da Saúde instituiu neste 26 de junho o Dia Nacional do Diabetes.

O diabetes ocorre quando o corpo não é capaz de produzir insulina, hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue, ou não consegue empregar de forma adequada a insulina produzida. Ao lado de outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como hipertensão, ele é parte de uma epidemia mundial, cuja morbidade e sequelas são preocupantes.

Entre as complicações decorrentes da doença, quando esta não é tratada corretamente, estão danos aos olhos, rins, vasos sanguíneos, coração e nervos, além dos riscos aumentados em caso de infecção por Covid-19. Portanto, após o diagnóstico, o tratamento e acompanhamento da doença são fundamentais durante toda a vida.

Doença é de fácil diagnóstico
A doença pode ser identificada com um simples exame de sangue, para verificar se há alguma alteração na taxa de glicemia; caso haja, outros exames mais aprofundados devem ser realizados. A partir daí, é possível identificar qual o tipo de diabetes.

O diabetes tipo 1 é conhecido como diabetes infanto-juvenil ou insulinodependente. Normalmente diagnosticado ainda na infância, ele ocorre quando há aumento da taxa de glicose no sangue em decorrência da falta de produção de insulina pelo pâncreas. O tratamento é feito por meio de aplicação diária de insulina, além da recomendação de sempre praticar atividades físicas e ter uma alimentação adequada.

Já o tipo 2 é chamado de diabetes do adulto. Atualmente muito mais prevalente que o primeiro tipo, este diabetes é responsável por cerca de 90% dos casos e acontece quando há o aumento da taxa de glicose no sangue decorrente de uma resistência do organismo à ação da insulina. O tratamento costuma ser feito com medicamentos orais, podendo ser necessário, após um tempo, o uso de insulina.

Os principais sintomas do tipo 2 são fome e sede frequentes, formigamento nos pés e mãos, vontade de urinar mais frequente que o normal, feridas que demoram a cicatrizar, infecções frequentes na bexiga e rins e visão embaçada. Vale lembrar que o diabetes tipo 2 decorre em grande parte de hábitos de vida, como sedentarismo, má alimentação e sobrepeso.

Rede municipal de saúde oferece atendimento integrado
O Protocolo Cuidando de Todos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) orienta e estimula ações de busca ativa, com objetivo de ampliar o rastreamento para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) na área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, em seguida, inserir essas pessoas identificadas na linha de cuidado. Essa busca ativa acontece em sala de espera, espaços destinados para procedimentos, sala de vacina, durante a consulta médica com equipe multiprofissional e visita domiciliar.

Por meio do Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg), a rede municipal cadastra e atende os munícipes portadores de diabetes insulinodependentes; possibilitando o acesso de forma contínua a insumos como tiras, lancetas e seringas, bem como o aparelho para verificação de glicemia capilar que garantam o automonitoramento glicêmico. Também atende gestantes com diabetes gestacional e que necessitem de acompanhamento.

Atualmente, 125.627 pessoas com diabetes são atendidas por meio do PAMG. Cada paciente é cadastrado em sua UBS de referência e tem agendamento feito mensalmente para retirada dos insumos, acompanhamento dos exames realizados e consulta médica a cada três meses. Além disso, canetas de insulina humana NPH e Regular são fornecidas nas farmácias das unidades de saúde municipais. Os dispositivos, de fácil manuseio, permitem maior precisão na administração da dose e proporcionam maior segurança na aplicação.

Na frente de educação do PMAG, foi lançado no dia 18 de maio o programa “Viva a vida com diabetes”, que promove ações para conscientizar pessoas com a doença sobre as consequências de não realizar o controle adequado dos níveis glicêmicos e tomar os cuidados necessários para evitar complicações.

A rede de atendimento em saúde do município de São Paulo pode ser consultada por meio do Busca Saúde.

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