Secretaria Municipal da Saúde

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Quinta-feira, 27 de Junho de 2019 | Horário: 12:49

Sábado (29) é o 'Dia D' contra o sarampo em São Paulo

Todas as UBS estarão abertas e postos volantes funcionarão em todas as regiões da capital com o objetivo de facilitar o acesso a vacina e ampliar a cobertura vacinal dos jovens com idade entre 15 e 29 anos de idade, público prioritário da campanha

#PraCegoVer: Na imagem há uma fila de estudantes e agentes de saúde para campanha de vacinação contra o Sarampo realizada em universidades

A campanha de vacinação contra o Sarampo começou no dia 10 de junho e tem como um dos públicos-alvos os jovens entre 15 e 29 anos de idade. 

Neste sábado (29/6) a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promove o Dia D contra o sarampo com uma grande mobilização dos profissionais da saúde para vacinar os jovens entre 15 e 29 anos de idade, o público-alvo da campanha. Todas as pessoas dessa faixa etária devem comparecer aos postos levando a caderneta de vacinação, se possível. As 464 Unidades Básicas de Saúde (UBS) estarão funcionando das 8h às17h, além de postos de vacinação espalhados por todas as regiões da cidade.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode levar à morte. A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola é a única forma de prevenir a ocorrência destas doenças na população e comprovadamente eficaz em cerca de 97% dos casos.

A SMS intensificou as ações de vacinação contra o Sarampo em razão da baixa adesão à campanha municipal iniciada no dia 10 de junho. Até o dia 19, apenas 12.265 mil jovens procuraram os postos de vacinação. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) estima que a população de 15 a 29 anos é composta de 2,9 milhões de pessoas, sendo necessário que no mínimo 95% do público-alvo esteja vacinada para interromper a transmissão do sarampo na cidade de São Paulo.

Relação de postos volantes que funcionarão no sábado

O ressurgimento do sarampo nos últimos anos é um fenômeno global. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que até o final de março de 2019, 170 países haviam notificado 112.163 casos de sarampo à Organização. No mesmo período do ano passado, foram 28.124 ocorrências da doença em 163 nações. Mundialmente, isso significa um aumento de quase 300%. Na Europa, mais de 41 mil pessoas foram infectadas nos primeiros seis meses deste ano, ultrapassando o total registrado ao longo dos últimos anos desta década. Em abril de 2019 a cidade de Nova Iorque chegou a entrar em alerta contra o sarampo após ter registrado 285 casos no período de seis meses .

Embora ainda não exista um estudo que determine o impacto individual dos fatores que contribuíram para o surgimento do vírus em países onde a doença já havia sido eliminada, a circulação de informações falsas ou infundadas nas redes sociais, é apontada como uma das causas para a baixa adesão a vacinação.

O vírus do sarampo está circulando no Brasil. Em 2018, os estados do Amazonas e Roraima confirmaram respectivamente 9.778 e 355 casos de sarampo, além destes, nove Unidades Federadas (UF) também confirmaram casos de sarampo: 61 casos no Pará, 45 casos no Rio Grande do Sul, 19 no Rio de Janeiro, quatro casos em Pernambuco e Sergipe, três casos em São Paulo e Bahia, dois em Rondônia e um caso no Distrito Federal, totalizando 10.274 casos confirmados de sarampo neste ano.

Em 2019, foram 123 casos confirmados no Brasil, até 15 de junho. Na capital paulista, há 32 casos confirmados de sarampo, sendo 8 importados e 24 em fase de investigação quanto ao provável local de infecção. Não há registros de morte casada por sarampo na cidade.

O município têm mantido a cobertura vacinal alta na primeira dose da vacina tríplice viral, na população de 1 ano de idade registrando 95,66% em 2018 e 101% no 1° quadrimestre 2019. Já a cobertura da segunda dose foi de 44,10% em 2018, e ficou em 79,67% no 1° quadrimestre deste ano. Em 2018, o município de São Paulo realizou a campanha de vacinação contra o sarampo voltada para a população entre 1 e 4 anos idade e atingiu 95,6% de cobertura vacinal, acima da meta estabelecido pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, Maria Lígia Nerger, a definição do público-alvo da campanha foi em conjunto com o órgão estadual e contempla a faixa-etária com menor chance de ter recebido as duas doses da vacina tríplice viral. A coordenadora relata ainda que o calendário atual recomenda que pessoas de 1 a 29 anos de idade tenham recebido duas doses da vacina para efetiva imunização. “O objetivo da Campanha de Vacinação Contra o Sarampo é aumentar a cobertura vacinal nesta faixa etária da Campanha e interromper a circulação do sarampo no município”, disse a coordenadora.

#PraCegoVer: Na foto, agente de saúde aplica a vacina contra o Sarampo em um estudante durante ação realizada em uma universidade

Os jovens entre 15 e 29 anos devem comparecer as 464 Unidades Básicas de Saúde (UBS) com a cardeneta de vacinação.

O sarampo é uma doença de notificação obrigatória e imediata, em todos os casos suspeitos de sarampo identificados, a vigilância epidemiológica desencadeia ações de bloqueio vacinal para interromper a transmissão da doença. As ações são realizadas em todos os locais frequentados pela pessoa com suspeita de ter contraído a doença como a vizinhança da residência, locais de trabalho, e estudo, a unidade de saúde e os meios de transporte utilizado em viagens no período de transmissão da doença. Desta forma um único caso suspeito pode desencadear múltiplos bloqueios em diferentes regiões da cidade, eventualmente até em outros municípios ou estados.

A Covisa realizou 259 ações de bloqueio de sarampo na cidade de São Paulo, até dia 8 de junho e conta com ações como o Dia D em 29 de junho para sensibilizar a população de 15 a 29 anos sobre a necessidade da vacina. “É importante que todo o paulistano saiba da campanha. Mesmo que esteja fora da faixa etária da campanha, as pessoas podem contribuir incentivando seus familiares e amigos a tomar a vacina”, explica a Coordenadora de Vigilância em Saúde da cidade de São Paulo, Solange Saboia.

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