Prefeitura de São Paulo

Na Ursi São Mateus, pacientes participam de atividades de recuperação e promoção da saúde de idosos fragilizados

No último sábado (15), foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. O desafio da construção de políticas públicas para superação deste fenômeno é um tema transversal no campo da saúde pública. A efetivação das estratégias e ações depende da capacidade de articulação entre os diversos setores, sendo que cada um se mostra fundamental para a solução do problema.

As pessoas na Terceira Idade vivenciam muitas situações violentas que prejudicam sua qualidade de vida. Nas últimas décadas, o lugar e o papel dos idosos, em sua dimensão social, vêm apresentando mudanças profundas e dramáticas. Antes valorizado e respeitado em função da sabedoria e do conjunto de experiências acumuladas, o idoso passou a ser percebido como alguém de posição social inferior, desprivilegiada, sem lugar no competitivo processo de produção econômica.

A discriminação presente nos olhares e atitudes se manifesta nas diversas esferas da vida social – família, trabalho, saúde –, criando diferentes formas de violência em relação à pessoa idosa. Além da física, esta também pode ser psicológica, econômica, moral, sexual, familiar, social, institucional e estrutural.

Nas últimas décadas, o campo da saúde tem se tornado mais sensível à importância dos maus tratos e da negligência ao idoso. Entretanto, muita gente desconhece a gravidade do problema no âmbito doméstico. Associa-se a violência apenas a instituições, mas muitas vezes a brutalidade começa em casa. Se, para mulheres em situação de violência, é difícil denunciar o marido agressor, para as pessoas idosas, a dificuldade em denunciar, ou declarar que seus filhos são os agressores, é muito maior. Muitos se culpam, ou, então, acreditam ser “normal” a situação opressora.

Para a abordagem desse problema específico, deve-se partir de uma ética baseada no respeito e na consideração ao ser humano. A atuação profissional exige compromisso e responsabilidade, para analisar os princípios morais envolvidos e as consequências das decisões tomadas.

O que o SUS oferece?

Todas as equipes de Programa Acompanhante de Idoso (PAI) e Unidade de Referência à Saúde do Idoso (URSI) realizam ações periodicamente nesses espaços e em outros equipamentos do território, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

As ações contemplam atividades de grupo, trabalhando a conscientização da população em relação à prática de violência contra a pessoa idosa, orientando e trabalhando os fatores que levam a esse tipo de conduta. É importante trabalhar também com a família e os cuidadores para que, evitando o desgaste emocional causado pela rotina de cuidados, seja possível prevenir atitudes violentas.

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