Palestra sobre saúde reprodutiva na CRS Norte

A ginecologista Cristina Rama, assessora da Saúde da Mulher, falou sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos de longa duração

Por Isabella Jarrusso / Aline Oliveira

O auditório do Arquivo Público do Estado de São Paulo foi palco em 6 de dezembro de uma palestra sobre a saúde reprodutiva da mulher ministrada pela ginecologista Cristina Rama, assessora técnica da Saúde da Mulher da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Norte. O evento fez parte do processo de capacitação de profissionais de saúde que trabalham nas unidades da Norte.

Discorrendo sobre planejamento familiar e os métodos contraceptivos de longa duração, a médica explicou como cada contraceptivo funciona no corpo da mulher, e os prós e contras do Dispositivo Intrauterino, mais conhecido como DIU, e o Anticonceptivo Subdérmico Hormonal, entre outros.

Os métodos de contracepção foram evoluindo ao longo do tempo. Atualmente, a possibilidade de um casal decidir quantos filhos ter, em que idade, e quando tê-los é prova disso.

“Hoje, para quem deseja fazer o planejamento familiar, há várias métodos contraceptivos para evitar uma gravidez indesejada e até mesmo doenças sexualmente transmissíveis, com indicação do método mais apropriado, de acordo com cada perfil. As opções contraceptivas vão mudando ao longo da vida; por isso, é preciso acompanhar as inovações desse setor para poder orientar melhor nossas pacientes”, diz a palestrante.

Segundo a médica, esses contraceptivos podem ser usados em diversas situações, sendo uma boa opção para mulheres que não conseguem se adequar ao uso da pílula anticoncepcional, por exemplo. “Muitas vezes o DIU é a melhor alternativa para as pacientes, podendo ser colocado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que o disponibiliza apenas em cobre, em Unidades Básicas de Saúde – UBS”, informa.

No caso do DIU de cobre sua chance de falhar é de cinco (5) em cada 1.000 (mil) mulheres que usam o dispositivo, segundo a ginecologista. “É um método comparável à laqueadura. Pode-se dizer que é uma escolha muito segura, mas elas também devem continuar se protegendo das doenças sexualmente transmissíveis com o uso da camisinha”, alerta a ginecologista.

Para o médico José Joaquim Rodrigues Filho, assessor técnico da Saúde da Mulher da CRSN, “essas palestras ajudam a aumentar o conhecimento dos profissionais de saúde; assim eles podem passar todas as informações importantes para os seus grupos”, diz.

A palestrante concorda: “é muito importante que eles estejam atualizados e cientes dos métodos mais seguros para que possam orientar adequadamente as mulheres”, finaliza ela.