São Paulo vacina 4,1 mil contra a febre amarela na Zona Norte

Imunização volta acontecer na segunda-feira (23); dois novos postos estarão disponíveis para os moradores da região

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com o Governo do Estado, realizou, neste sábado (21/10), vacinação de 4.126 pessoas que residem na região do Horto Florestal contra a febre amarela.

A ampliação da vacinação se deu após um macaco do tipo Bugio ter sido encontrado morto no Parque do Horto e os exames sorológicos e histoquímico das amostras do primata terem confirmado, na última sexta-feira (20), a presença do vírus da febre amarela.

A vacinação aconteceu entre 9h e 17h num posto volante instalado na associação do bairro, localizada na rua Tomé Afonso de Moura, 345 e nas UBS Horto Florestal e UBS/AMA Jardim Peri. Na próxima segunda-feira (23) os moradores da região terão mais dois postos, entre 8h e 17h à disposição: as UBS Vila Dionísia e Mariquinha Sciascia.

A vacina não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é importante consultar o médico.

Sobre a febre amarela e transmissão

A transmissão do vírus para o macaco foi do tipo silvestre, já que o vetor encontrado foi o mosquito haemagogus, comum em regiões rurais e de mata. É importante destacar que macacos não transmitem a febre amarela para a população. Esses animais são hospedeiros do vírus, transmitido de forma silvestre pelos mosquitos haemagogus e sabethes.

Convencionalmente, a vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de regiões silvestres, rurais, de mata e ribeirinhas e para aqueles que vão viajar a esses locais ou os que estão classificados como regiões de risco.

A capital não registrou nenhum caso autóctone de febre amarela silvestre em 2017. Este ano, foram registrados no município de São Paulo, 12 casos importados de febre amarela silvestre. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.