Oficina Metodologia para discussão das Redes de Atenção nas Unidades Básicas de Saúde

Oficina discutiu o processo de reorganização das redes de Atenção à Saúde e a adaptação do novo plano de diretrizes

 Por: Carla Caroline da Silva 

Na segunda-feira (07/08/2017) a Escola Municipal de Saúde (EMS) organizou a oficina Metodologia para discussão das Redes de Atenção à Saúde nas Unidades Básicas de Saúde no Auditório da Autarquia Hospitalar Municipal (AHM), foram cerca de 70 representantes das áreas: Atenção Básica, SAMU, COVISA, gerentes de UBS, entre outros. O objetivo principal da oficina foi discutir e orientar que os serviços de saúde trabalhem com base na identificação das necessidades de saúde de cada território adaptando-os ao novo documento de diretrizes, além de discutir a reorganização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) do município de São Paulo.

A abertura do evento ficou por conta da secretaria adjunta da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, Dra. Maria da Gloria Zenha Wieliczka, ela realizou uma breve explanação sobre as RAS e os objetivos da oficina. Apontou para os próximos movimentos de distribuição da discussão das diretrizes e processo de reorganização começando pela Atenção Básica. A representante do Conselho Municipal de Saúde Maria Adenilda, ressaltou o papel do controle social e reforçou ao dizer que o processo de reorganização da rede deve ser acompanhado pelos conselhos e não deve haver mudanças ou fechamento de serviços sem discussão com o Controle Social.

Em seguida os coordenadores regionais de saúde fizeram um exercício de identificar quais as necessidades aparentes em cada território e quais as possíveis intervenções. Alguns pontos levantados foram:
- Norte: a região está em andamento na análise das necessidades e da capacidade do território e foi definido que o processo de reorganização dos serviços deverá ser orientado por esse diagnóstico.
- Sudeste: identificaram que a região apresenta uma alta taxa de absenteísmo e perda primária.
- Centro: em processo de realização de diagnóstico situacional com foco na capacidade instalada e vazios assistenciais. Identificam a necessidade de qualificar e melhorar o acesso aos serviços de saúde. Estão buscando a articulação entre a Vigilância à Saúde, Atenção Básica e COAPES.
- Sul: identificam sobreposição de trabalho entre serviços e necessidade de melhora da resolutividade. Não realizaram mudanças no processo de trabalho das equipes ainda, justificando que apenas houve readequação do horário de funcionamento das unidades.
- Oeste: iniciaram oficinas na região com discussão com os gerentes sobre o Documento das Diretrizes.
- Leste: identificaram a necessidade de reestruturação dos serviços com a perspectiva de aumento da resolutividade. Já iniciaram processo de distribuição da discussão das diretrizes e diagnósticos, apontaram que o processo de mudanças efetivas nos serviços deverá acontecer apenas após melhor definição do diagnóstico.

No período da tarde ocorreu a plenária na qual estavam presentes agentes comunitários de cada região, gerentes de UBS, supervisores de saúde e coordenadores das Escolas Regionalizadas (EMSR). Os membros fizeram uma análise do que cada território levantou, discutiram planos de intervenções a partir dos dados apresentados, além de decidir que as coordenadorias e as Escolas Regionalizadas devem se reunir para preparar e realizar oficinas regionais afim de que essa discussão chegue até as unidades de saúde no território. Também ficou decidido que cada região têm a liberdade de escolher local e data para iniciar os trabalhos.