Doença Falciforme é tema de Seminário na CRSN

Evento reuniu profissionais das Unidades de Saúde da Região Norte para debater a Doença Falciforme

Por Aline Oliveira

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRSN) e a Área Técnica da População Negra realizaram no dia 16/08 o Seminário “Cuidado Integral à Saúde da pessoa com Doença Falciforme”, no teatro APCD.

A mesa do evento foi composta pela Dra. Ângela Márcia, representando a SMS; Dra. Heloísa Berton, em nome do Coordenador Regional; Valdete Ferreira dos Santos, Coordenadora da Área Técnica da População Negra; e Geralda Mafuso, do Conselho Municipal de Saúde, que ressaltou a importância de haver encontros dessa natureza para debater o assunto Anemia Falciforme e as formas deprevenção e tratamento.

Valdete Ferreira iniciou as palestras abordando a ‘Linha de Cuidado da Doença Falciforme’, fornecendo números para ilustrar sua fala: “Entre 60 e 100 mil brasileiros têm a doença; assim, é preciso promover a longevidade dessas pessoas, com qualidade”, reivindicou ela.

O tema da segunda palestrante, Katharina Nelly Tobos Melnikoff, médica hematologista, foi a “Doença Falciforme nas Redes de Atenção Básica”, que forneceu explicações sobre a patologia e maneiras de cuidar do paciente.

Para contar sua experiência de vida, Sheila Ventura Pereira, Coordenadora Legal da APROFE – Associação Pró-Falcêmicos – relatou como é conviver com a doença falciforme. Ao final, Elaine Lorezanto, da Assessoria Técnica da CRSN, forneceu os dados relativos à doença na Região Norte – a primeira a ter um documento Norteador Sobre Anemia Falciforme.

“Achei o evento excelente. As palestrantes foram maravilhosas; gostei muito do depoimento da paciente, porque ela abordou a importância da humanização nas unidades de saúde para acolher essa patologia”, relatou a participante do Seminário, Márcia Rodrigues Janota, gerente da AMA/UBS Vila Barbosa.

O que é Doença Falciforme?

A Doença Falciforme (DF) é uma das doenças genéticas e hereditárias mais comuns no Brasil, ocorrendo mais frequentemente na população negra. A mutação teve origem no continente africano, porém hoje pode ser encontrada em várias partes do planeta, nas mais diversas populações.

O diagnóstico precoce da doença através da Triagem Neonatal (Teste do Pezinho) é fundamental, porque possibilita o início da educação em saúde para a família, a introdução da profilaxia e da terapêutica necessárias, o acompanhamento de forma adequada e a prevenção de complicações através do tratamento oportuno das intercorrências.

Alguns dos sintomas são: anemia com olhos amarelos; dores ósseas e articulares; atraso no crescimento e no desenvolvimento; inchaço e dor em punhos, tornozelos e dedos; entre outros. O tratamento envolve tratar adequadamente as crises e praticar medidas para sua prevenção.

Para saber mais sobre a doença e os cuidados acesse:

https://alomae.prefeitura.sp.gov.br/anemia-falciforme/