Por Aline Oliveira

A Coordenadoria Regional de Saúde Norte oferece o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), em diversas unidades de saúde, como o Ambulatório de Especialidades da Freguesia do Ó (AE-FÓ).

Criado pelo Ministério da Saúde em parceria com o INCA (Instituto Nacional de Câncer)
para diminuir a prevalência de fumantes e a consequente mortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco no Brasil, o programa funciona no AE-FÓ há seis anos, sob a coordenação do psicólogo Felipe Lopes Ribeiro e da médica Kátia Guedes Rodrigues Ramos, que cuida de toda a parte clínica dos pacientes.

“O objetivo é fazer a pessoa passar pela experiência de ficar sem fumar, e retomar a vida sendo um ex-fumante”, explica o psicólogo. No programa, que tem duração de três meses, o paciente recebe atendimento em grupo e em consultas médicas individuais. São realizadas seis sessões de acompanhamento semanais e três consultas médicas, em que são prescritos medicamentos para ajudar no tratamento.

Para participar

A partir desse ano, a equipe começou a fazer uma triagem com os interessados em fazer parte do programa antitabagista. “Algumas pessoas desistiam durante o processo, porque não estavam mais motivadas ou até mesmo não queriam continuar naquele momento, então a triagem ajuda, por meio de atendimento com o psicólogo, a identificar a disposição das pessoas, pois o objetivo é ajudar quem está realmente motivado”, explica a doutora Kátia.

 

Virginia parou de fumar depois que começou a participar do programa

Em média 70% dos participantes conseguem deixar o cigarro ao final do Programa. Virginia Gil está nesta porcentagem. Fumante há 52 anos, descobriu que tem enfisema pulmonar, tentou outros métodos, mas não conseguia deixar de fumar. “Se não parasse de fumar, iria morrer; fui procurando uma alternativa até que cheguei aqui em março deste ano. Por meio da cartilha que eles me deram, pude me preparar e depois iniciei o tratamento. Tenho acompanhamento com assistente social, psicólogo, farmacêutico, nutricionista e clínico, a acolhida é muito boa”, garante a paciente.

Mesmo após o fim do tratamento intensivo de três meses, a equipe fica à disposição dos pacientes que queiram retornar para conversar e trocar experiências. “Damos abertura para a pessoa que queira voltar. Alguns param de fumar mesmo não tendo continuado no grupo, então vêm aqui para contar”, esclarece a doutora Kátia. Por isso, é realizado um encontro mensal com pacientes de grupos anteriores que por algum motivo quiseram participar novamente do programa.

Outras unidades da Coordenadoria Norte atendem o Programa Nacional do Controle do Tabagismo e algumas estão capacitando seus profissionais. “São necessários no mínimo dois profissionais (enfermeiro, psicólogo, assistente social, farmacêutico ou médico) que tenham interesse e motivação para cuidar do Programa. Nunca deixo de vir, porque sei que meus pacientes virão”, finaliza a médica.

Serviço

Informe-se em sua UBS – qual a unidade que faz parte do Programa Nacional de Controle de Tabagismo - PNCT.