Palestra ‘Violência de Gênero Como Problema de Saúde Pública e Direitos Humanos’ que acontece na região Norte aborda a temática da violência doméstica

A palestrante e professora doutora Ana Flavia Pires Lucas D´Oliveira realizou uma dinâmica em grupo com o jogo “No lugar dela” para que os participantes pudessem vivenciar histórias de mulheres em situação de violência doméstica

Foto/Texto por Isabella Jarrusso

A Área Técnica para Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo vem realizando a capacitação do Núcleo de Prevenção da Violência (NPV) em todo o município de São Paulo, para efetivar a implantação da Linha de Cuidado das Pessoas em Situação de Violência.

No Distrito de Saúde Santana/Jaçanã 69 profissionais de diversas áreas da saúde, de todas as unidades de saúde da região Norte, se inscreveram para participar desse treinamento.

No dia 13/06 ocorreu o 9º encontro da capacitação do NPV realizado pela psicóloga Katia Cappucci que é interlocutora da Área Técnica da Violência do Distrito de Saúde Santana/Jaçanã. A reunião contou com a presença da professora doutora, Ana Flavia Pires Lucas D´Oliveira, da Saúde Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, que proferiu a palestra ‘Violência de Gênero Como Problema de Saúde Pública e Direitos Humanos’, abordando a violência doméstica.

Durante a palestra, a professora Ana Flavia explicou como os serviços de saúde podem se organizar para responder a esse tipo de violência, ressaltando que ofertar o primeiro acolhimento de forma humanizada e delicada, abordando diretamente a violência e referindo à rede intersetorial, se necessário, são alguns dos pontos principais desse processo. “Acho uma iniciativa muito importante porque os profissionais de saúde estão em contato com a violência no cotidiano. A saúde consegue ser o primeiro lugar de detecção e acolhimento”, diz Ana Flavia. “Capacitar esses profissionais”, continua ela, “é trabalhar a mudança da cultura da agressividade e promover uma prevenção que seja capaz de ajudar a superar a violência na sociedade”, anseia ela.


Durante o encontro foi realizada uma dinâmica com os profissionais de saúde, com o jogo chamado ‘No lugar dela’, que tem por objetivo despertar a compreensão e a empatia dos participantes em relação às mulheres em situação de violência doméstica ao entrarem em contato com as histórias de dor, vergonha, medo, constrangimento e humilhação vividas por elas.

“O grupo”, avaliou Katia Cappuci, “ficou bastante sensibilizado para a importância de qualificar o trabalho do NPV na Rede de Saúde, para assim poder acolher e ajudar de forma adequada todas as mulheres que se encontram nessa condição”, encerra ela.