Saúde em Movimento visita zona Leste: mais cirurgias e combate ao Aedes

Visita ao novo Hospital Municipal Tiradentes, arena móvel e voo de drone marcam ações do dia

Por Beatriz Prado e Cecília Figueiredo
Foto: Edson Hatakeyama

A ação Saúde em Movimento desta quinta-feira (25) na região Leste deu início a cirurgias da arena móvel da Rede Hora Certa - Hospital Dia Tiradentes, que tem capacidade para realizar mensalmente 260 cirurgias por mês. Houve visita às salas cirúrgicas reestruturadas do Hospital Municipal Tiradentes e acompanhamento do primeiro voo do agente aéreo (drone) integrado com ações em terra dos agentes de zoonoses no distrito de Lajeado (Guaianases). As ações foram acompanhadas pelo secretário municipal da Saúde Alexandre Padilha e pela coordenadora de saúde Leste Claudia Maria de Castro.

A nova arena móvel do Hospital Dia móvel está localizada no estacionamento do Hospital Municipal Cidade Tiradentes desde o início de fevereiro. Ao lado da reestruturação do centro cirúrgico da unidade, passa a integrar o plano municipal que garante mais cirurgia em menor tempo de espera e objetiva ampliar a realização de 6 mil para 13 mil procedimentos cirúrgicos por ano na cidade. A unidade cirúrgica móvel tem capacidade para realizar mensalmente até 260 cirurgias – 190 vasculares (varizes) e 70 oftalmológicas (catarata, pterígio) -, exames e consultas nas especialidades de vascular e oftalmologia.

Como estratégia para aumentar o número de cirurgias, a SMS reformou centros cirúrgicos, readequou espaços em funcionamento, convocou médicos aprovados em concursos públicos e assinou aditivos contratuais com parceiros prestadores de serviços, para a contratação de profissionais e ampliação do horário de atendimento das unidades.

Redução do tempo de espera

“A Prefeitura inaugurou o Hospital Dia da Rede Hora Certa modular, aqui na região Leste, que já está fazendo cirurgia vascular e vai dar inícios ao atendimento oftalmológico no início de março. Também reestruturamos as salas cirúrgicas do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, que gera um aumento de 200 cirurgias por mês, que não eram possíveis de serem realizadas nas unidades móveis. São duas ações que vão reduzir o tempo de espera para cirurgias eletivas na região”, disse Padilha.

Primeira paciente a passar pelo centro cirúrgico da arena móvel, Maria Sônia Alves de Novaes, de 58 anos, é cozinheira e faz uso de medicamentos e meias de compressão para amenizar o desconforto nas pernas. “Falei para as minhas amigas que depois da cirurgia eu vou voltar a usar minissaia. Aqui na arena móvel o atendimento foi muito rápido, eu pensei que fosse demorar. Os enfermeiros e médicos são muito prestativos, fiz exames no mesmo dia que vim para consulta e depois de vinte dias fui chamada para operar.”

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) firmou termo aditivo do contrato de prestação de serviços no valor de R$ 2.314.139,96, com a Organização Social Santa Marcelina, responsável pela gestão do Hospital Municipal Tiradentes, para a instalação de quatro focos de led ultramodernos, sete aspiradores cirúrgicos, mesa para cirurgia ginecológica e três kits para videolaparoscopia, instalados em sete salas cirúrgicas. Com o investimento, será possível ampliar em 220 cirurgias/mês, além das 80 que já eram realizadas, serão 140 cirurgias-gerais e 60 ginecológicas.
Combate à dengue

A SMS inaugurou na quarta-feira (24/02) as duas primeiras tendas de apoio ao atendimento de pacientes com suspeita de dengue nos distritos com maior incidência de casos. Anexa à UBS Vila Chabilândia, no distrito de Lajeado, a primeira tenda da região Leste atende de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h, e acolheu 29 pacientes já no primeiro dia, com equipe de dois médicos clínicos, quatro enfermeiros e seis auxiliares de enfermagem.

De acordo com os dados divulgados no último balanço sobre casos de dengue no município, foram notificados 5.877 casos até a terceira semana epidemiológica de janeiro, representando um aumento de 16% de casos na comparação com o mesmo período de 2015, com a maior concentração de casos na região Leste.

Após a classificação de risco e identificação dos sintomas de dengue, pacientes que procuram as unidades da rede são encaminhados para as tendas que realizam hemograma dengue para a avaliação de risco, prescrevem medicação e indicação de soro para hidratação. A estratégia adotada objetiva prestar atendimento qualificado e desafogar as unidades que realiza o acolhimento de usuários com outras necessidades. “As tendas são equipamentos adicionais para melhorar o atendimento que já está sendo realizado pelas unidades de saúde da rede municipal. Lajeado é o distrito que registrou mais casos de dengue no mês de janeiro. Por isso, instalamos a tenda ao lado da UBS Vila Chabilândia, para atender as pessoas com quadro suspeito e procuram atendimento nas UBS ou AMA e precisam de uma hidratação mais prolongada”, disse Padilha.

Para reforçar a equipe dos agentes de zoonoses e de saúde que fazem as vistorias nas casas, aplicação de larvicida biológico e nebulização, a SMS faz uso da tecnologia para a identificação dos potencias pontos de criadouros do mosquito Aedes aegypti. O aplicativo colaborativo ‘Sem dengue’ permite ao cidadão o envio de fotos de locais de risco para a Coordenação de Vigilância do município, as denúncias também podem ser feitas através do telefone 156.

Combate aéreo

Após denúncias de moradores, a Secretaria chegou à rua Boqueirão de Poti, em Lajeado. Os agentes de zoonoses trabalharam ao lado do Agente aéreo (Drone - veículo aéreo não tripulado), que sobrevoou o local e colheu imagens dos criadouros. 

“O drone é o agente aéreo de combate à dengue, pois ele faz uma vistoria mais rápida, do que o agente terrestre. Ajuda a mapear rapidamente os pontos estratégicos, com muito acúmulo de focos do mosquito e comprova a necessidade da entrada em casas que se recusam a receber os agentes. A ação mais importante que a Saúde pode fazer sozinha é cuidar das pessoas, evitar que os quadros clínicos de dengue se agravem e levem a óbitos, mas o papel da população é combater o foco do mosquito, sendo que 85% dos focos estão dentro da casa das pessoas”, afirmou o secretário.

Vizinha do terreno vistoriado, Kátia Bezerra da Silva faz vigilância para evitar criadouros em casa, mas a apreensão é permanente. “A situação é muito preocupante e diária. Meu filho de 21 anos está com febre, dor nas pernas e com dor de cabeça desde domingo (21), então a gente pensa logo no pior, é a dengue! O agente de zoonoses visita a minha casa, tenho todos os cuidados, mas o perigo mora ao lado”, afirmou.