Secretaria inicia curso de técnicos de apoio para UBS

Profissionais irão às unidades monitorar, acompanhar e ajudar a colocar em práticas diretrizes da Atenção Básica

Por Camila Brunelli

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) iniciaram em parceria, nesta quarta-feira (20), o Curso de Aprimoramento em Apoio Institucional em Saúde. Nele, serão formados profissionais para dar suporte à democracia institucional que a SMS quer instaurar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esses técnicos também vão monitorar e acompanhar a implantação das diretrizes da Atenção Básica, já lançadas pelo secretário municipal da Saúde Alexandre Padilha no ano passado.


Participaram da abertura os 256 gerentes das UBS que receberão esses profissionais (UBS prioritárias), além de futuros aprimorandos e os tutores, que deverão repassar o conteúdo aos alunos ou aprimorandos. Serão 287 profissionais da SMS, sendo 256 atuantes nas equipes de Supervisão Técnicas e Coordenações Regionais de Saúde, além de 31 do nível central (gabinete) e Coordenação de Vigilância à Saúde (Covisa).


Durante o curso haverá aulas de Políticas de Saúde, Modelos de Gestão, Gestão e Subjetividade, Conceitos, Princípios, Diretrizes, Arranjos e Dispositivos, Planejamento e Atenção Básica e Estratégia saúde da Família.


Esse pessoal participará de 16 encontros teóricos com carga horário de 8 horas cada, além do encerramento de 4 horas, totalizando 132 horas de discussões teóricas e 112 horas de dispersão - ou seja, trabalho de campo nas UBS. Ao final do curso, em setembro, os aprimorandos deverão elaborar um relatório de atividades.


Projetos


Espera-se que sejam elaborados 256 projetos de intervenção, construídos e desenvolvidos com apoio dos tutores, para melhorar a gestão da unidade. Esses projetos serão orientados pelos desafios de melhoria da atenção à saúde, propostas pelas UBS, conforme Padilha havia lançado no ato da reorganização das diretrizes da Atenção Básica.


"Nossa intenção é fortalecer a democracia institucional, ao invés de utilizar o modelo centralizador, vertical. Queremos fazer rodas de discussão para discutirmos temas sob visões de mundo diferentes, de maneira que todos os profissionais sejam um pouco gestores da unidade em que trabalham", explicou Carlos Alberto Gama Pinto, um dos coordenadores do curso.