Prefeitura de São Paulo

 A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) recebeu até esta quinta-feira (10) a notificação de 12 casos de microcefalia, estando no mesmo patamar da série histórica, iniciada em 2007. Na semana passada eram 16 casos, sendo que 4 foram descartados por não estarem dentro dos critérios técnicos definidos para a notificação. Não há nenhum caso autóctone de Zika Vírus registrado no Município.

Na Capital, a Secretaria estabeleceu como parâmetro a Tabela de Fenton, que acompanha as curvas de desenvolvimento do bebê durante a gestação e pós-parto, para a medição do perímetro cefálico, tanto para prematuros como para recém-nascidos a termo. Assim, bebês com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros devem ser notificados, podendo ser casos de microcefalia. Este protocolo foi discutido entre a Pasta, Hospitais Escola (Hospital das Clínicas, Unifesp, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Maternidade Municipal de Vila Nova Cachoeirinha) e Sociedade de Pediatria.

Assim, dos 12 casos deste ano, apenas quatro iniciaram investigação por provável relação por infecção pelo Zika Vírus no início da gestação, sendo que dois já foram descartados.

Perfil dos casos ainda em investigação

Paciente de 31 anos, pernambucana, deu à luz dia 26 de novembro e o bebê foi encaminhado para o Hospital das Clínicas para avaliação. A outra é uma mulher de 32 anos, residente em Santos, diagnosticou microcefalia em setembro, foi avaliada no Hospital das Clínicas, não apresentou sintomas de febre ou exantema durante a gestação ou outros que sugerissem infeção pelo Zika Vírus. O parto foi realizado dia 3 de novembro. A criança segue em acompanhamento no hospital.

Outros dois casos, de uma menina de 17 anos, vinda de Pernambuco, deu à luz no dia 14 de novembro no Hospital Municipal Mário Degni e outra gestante, de 19 anos, proveniente do Rio Grande do Norte, que passou por avaliação na Santa Casa e no Hospital São Paulo, onde colheu sangue fetal e líquido amniótico e encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, foram descartados para o Zika Vírus.

É importante frisar que na série histórica de 2007 até hoje, a Capital registrou, em média, de 15 a 18 casos de microcefalia por ano. A doença pode ser causada por vários fatores, que não a infecção pelo Zika Vírus. Até este momento não há aumento de registro de casos na cidade.

De forma inédita, a Secretaria orientou todas as maternidades e os serviços públicos e privados que realizam exames de imagem a notificar os casos de microcefalia identificados no ultrassom para iniciar o trabalho de vigilância das pacientes.

Para manter a transparência e orientar a população, novas atualizações dos dados serão divulgadas pela Secretaria de forma sistemática quinzenalmente às quintas pelo site saude.prefeitura.sp.gov.br