Saúde organiza semana de combate a Aids

Atividades começam na sexta-feira (27), com assinatura de compromisso de erradicação da epidemia

Como no dia 1 de dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) preparou várias atividades relacionadas ao tema. A programação começa na sexta-feira (27), às 10h, quando a Prefeitura assinará a Declaração de Paris, de forma a confirmar o empenho em acelerar a resposta para acabar com a epidemia a partir de uma série de compromissos.

No domingo (29), como parte das celebrações, às 14h será realizado o 2° Passeio Ciclístico pela Saúde e Contra a Aids. O percurso começará e terminará na Praça do Ciclista, no início da Rua da Consolação, onde estará a unidade móvel Viva Melhor Sabendo Jovem, uma parceria da SMS com o Unicef, que incentiva a ampliação da testagem de HIV.

Jovens de movimentos sociais foram capacitados e sensibilizados em orientação, encaminhamento e acompanhamento do paciente até a entrada na Rede Municipal Especializada, por meio de algum dos serviços. Serão dez jovens testadores e outros 20 multiplicadores.

Na terça-feira (1º de dezembro), todos os 28 terminais municipais de ônibus da cidade ganharão displays para a retirada de preservativos. Atualmente, com os 1.513 pontos de dispensação de camisinhas, sendo 32 com dispensadores de larga escala espalhados por unidades especializadas e pontos estratégicos, a cidade de São Paulo distribui 45 milhões de camisinhas/ano. A intenção é que a quantidade passe para 120 milhões com a adição desses novos 31 pontos.

Aids no município

A taxa de detecção (TD) de aids vem caindo desde 1998, ano de seu maior índice, passando de 49,3 casos por 100.000 habitantes para 19,8 casos/ 100.000 habitantes em 2014. A queda da TD de aids, no entanto, não é homogênea entre homens, principalmente jovens entre 15 a 24 anos. A proporção de homens que fazem sexo com homens (HSH) notificados com Aids vem aumentando desde 2008.

Desde 1996 também foi registrada no município uma queda na mortalidade da doença por conta do acesso gratuito ao tratamento de antirretroviral . Em 1995, o coeficiente de mortalidade (CM) foi de 31/ 100.000. Em 2013, o CM foi 6,7/100.000.

O Programa Municipal de DST/Aids pactua com o objetivo do Unaids de alcançar, até 2020, a meta 90-90-90: ter 90% das pessoas vivendo com HIV com diagnóstico realizado; dessas, 90% em tratamento, e dessas, 90% com carga viral indetectável. O impacto esperado com o cumprimento desta meta é ter, a partir de 2030, zero novas infecções pelo HIV, zero mortes relacionadas à aids e zero casos de discriminação.