Objetivo principal da capacitação foi reforçar as medidas de prevenção e controle da doença

 

Por Raíssa Martins e Talita Coutinho

A Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRS Norte) promoveu, nos últimos dias 10 e 24, uma “Capacitação de Médicos e Enfermeiros no Monitoramento e Controle da Sífilis em Gestantes”. A atividade ocorreu no Teatro APCD, em Santana, com o objetivo de diminuir os casos da doença.

As palestras ofereceram orientações sobre o que é a sífilis, como identificá-la, formas de tratamento e prevenção da doença. O objetivo principal da capacitação foi reforçar as medidas de prevenção e controle da doença.

O curso contou com a participação dos médicos Valdir Monteiro Pinto, do Programa Municipal de DST/AIDS do Município de São Paulo e Paulo Spinola Costa, assessor da CRS Norte.

Nos dois dias, 273 profissionais participaram da capacitação, entre eles médicos generalistas, ginecologistas e enfermeiros que prestam assistência ao pré-natal; gerentes das UBS, técnicos responsáveis pelo agravo das Supervisões Técnicas de Saúde (STS) e Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS).

“A sífilis pode prejudicar o bebê. Precisamos sempre ficar atentos aos sintomas. O saber nunca é demais”, afirma a auxiliar de enfermagem Noelice Ribeiro Cardoso, da Unidade Básica de Saúde (UBS) União Vila de Taipas.

A importância do curso

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo ocorrem cerca de um milhão de casos de sífilis por ano em gestantes. A OMS preconiza a detecção e o tratamento oportunos das mulheres e de seus parceiros sexuais portadores da sífilis, considerando que a infecção pode ser transmitida ao feto, com graves implicações.

O clínico geral José Sergio, da UBS Flor de Maio, afirmou que a capacitação foi “importante para relembrar algumas informações sobre a doença. Achei bem interessante”, disse. “O curso também atualiza informações e recicla o conhecimento sobre a doença na região”, afirmou a enfermeira Aline Vargas, da UBS Izolina Mazzei.

Doença

A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. A história natural da sífilis é caracterizada por fases de atividade clínica e fases de não atividade. A fase primária caracteriza-se pela presença de lesões nos órgãos genitais. É importante a realização dos exames indicados caso surja alguma anormalidade. Toda gestante deverá realizar o teste para sífilis em sua primeira visita ao Serviço de Saúde.

A infecção não tratada pode provocar sérias consequências, como aborto, óbito e sequelas como deficiência visual, auditiva, física e mental. Se diagnosticada, é imprescindível o acompanhamento com profissional de saúde, que determinará o tratamento correto.