Secretário discute ampliação da residência médica da família no município com comissão de universidades e organizações sociais

Expansão de campos de práticas, contrato de metas e valor da bolsa-auxílio foram destacados como desafios para o aumento da oferta de vagas

'Para a próxima agenda do grupo o objetivo é definir o conteúdo da residência médica da família na comunidade', disse Padilha

 

Por Beatriz Prado
Foto: Edson Hatakeyama

O secretário municipal da saúde, Alexandre Padilha, participou de encontro nesta sexta-feira (11/09) com representantes do Ministério da Saúde, universidades, organizações sociais e coordenadores da rede, para dar início ao diálogo de ampliação ao programa de residência médica da família e comunidade na cidade. Durante o encontro os participantes foram informados sobre o aumento do valor da bolsa-auxílio paga aos residentes e expuseram desafios para a ampliação da oferta de vagas.

Representantes das universidades e organizações sociais informaram sobre as possibilidades de contratação dos residentes, a necessidade de aumento da bolsa-auxílio, dificuldades físicas de campo para práticas médicas, esclarecimentos sobre metas das unidades e apoio à formação de preceptores. “O início do diálogo é importante para compreendermos os desafios de gestão que devem ser enfrentados pelo município e a possibilidade de contratação através do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde. Para a próxima agenda do grupo o objetivo é definir o conteúdo da residência médica da família na comunidade”, explicou Padilha.

A oferta de residência médica no município é possibilitada através de convênio firmado junto ao Ministério da Educação e Ministério da Saúde, com a oportunidade de especialização multiprofissional e em medicina da família, para graduados na área médica e formações que compõe a equipe de saúde da família. Nas unidades os residentes são acompanhados por preceptores capacitados para a orientação e supervisão das rotinas de atendimento.

Coordenador da residência em clínica médica da Universidade Federal de São Paulo, Gilmar Fernandes do Prado falou sobre a importância do acolhimento aos residentes nas unidades e de apoio aos preceptores, com esclarecimentos sobre o novo contrato de gestão das organizações sociais. “É importante ajustar o contrato de metas ao trabalho dos preceptores, que darão suporte ao residente na unidade de saúde. A importância da medicina em família também está sendo observada pela rede privada e concorre na oferta da residência com o serviço público.”

O último processo seletivo para residência médica do município, iniciado em fevereiro deste ano, disponibilizou 416 vagas para especialidades como clínica médica, cirurgia geral, pediatria, obstetrícia e ginecologia, ortopedia e traumatologia. Os aprovados atuarão na rede num período de entre dois a cinco anos. No início de agosto o Governo Federal anunciou a oferta de mais três mil bolsas residência médica no território nacional, como parte do Programa Mais Médicos e lançou edital para a manifestação de universidades públicas e provadas interessadas na adesão ao programa.