'O controle social representa uma grande contribuição para o avanço em comunidade, pois a iniciativa popular está dando respaldo à execução de um projeto que dará conta de sanar as dificuldades do atendimento em saúde de média e alta complexidade da região nos próximos 20 anos', explicou Filippi
Por Beatriz Prado
Foto: Edson Hatakeyama
Na manhã de sábado (8) o secretário municipal de Saúde José de Filippi Júnior anunciou a reabertura, até novembro, do Hospital da Vila Santa Catarina (antigo Hospital Santa Marina). O anúncio foi feito durante plenária com moradores, gestores, representantes do legislativo e conselheiros da saúde no salão paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Miriam (zona Sul).
A reabertura do hospital é fruto de convênio, assinado em junho de 2014, entre Prefeitura e Hospital Albert Einstein. A unidade oferecerá 260 leitos de internação (170 gerais, 60 de especialidades e 30 de UTI), realizará 63 mil procedimentos por mês e 19 mil internações por ano. O novo hospital será custeado pelo Einstein com recursos do PROADI-SUS e pelo pagamento dos procedimentos realizados mediante tabela SUS.
Atualmente, a unidade passa por obras de readequação hidráulica, física e elétrica. A conclusão beneficiará 220 mil moradores da região Sul, como Pedreira, Cidade Ademar e Jabaquara, e reduzirá o tempo de espera do Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya.
‘Avanço em comunidade’
“Quem já vivenciou a reforma de um imóvel, entende que é mais complexo reestruturar do que dar corpo à construção de um prédio na planta. O controle social representa uma grande contribuição para o avanço em comunidade, pois a iniciativa popular está dando respaldo à execução de um projeto que dará conta de sanar as dificuldades do atendimento em saúde de média e alta complexidade da região nos próximos 20 anos”, explicou Filippi.
A parceria com Hospital Albert Einstein possibilitou ainda o investimento inicial de R$ 60 milhões do tesouro municipal e de R$ 60 milhões da entidade privada para reestruturação física e equipamentos médicos do hospital. Para o custeio anual, estimado em R$ 138 milhões, a gestão será realizada através de repasses do Ministério da Saúde e do Albert Einstein via PROADI-SUS.
'Atendimento mais qualificado'
Durante a plenária, os participantes ressaltaram a importância da contratação de médicos e a manutenção das unidades em atividade. Raquel Plut Fernandes, representante do Fórum de Saúde do Campo Limpo, ressaltou a importância do Hospital da Vila Santa Catarina para os moradores da região Sul. “Nós estamos satisfeitos com o Hospital e a UPA de Campo Limpo. Lá também são atendidos usuários daqui e da região de Jabaquara e Cidade Ademar. Por isso, a inauguração de um novo hospital é muito importante e dará a possibilidade de um atendimento mais qualificado", afirmou.
Inaugurada em janeiro passado, a UPA Vila Santa Catarina é anexa ao prédio do futuro hospital e realiza atendimento 24 horas, para emergências de média complexidade, com gestão da Autarquia Hospitalar Municipal. A unidade possui 24 leitos de clínica geral, pediatria e ortopedia e presta socorro em situações de fraturas, derrames, infartos, febres e pressão alta, com a garantia da assistência, observação e encaminhamento para alta complexidade em casos específicos.
Homenagem
Representantes de moradores da região Sul participam de plenárias periódicas e encaminharam projeto de lei à Câmara Municipal com a sugestão de nome para o hospital. “O desejo da comunidade é alterar o nome do hospital [da Vila Santa Catarina] para Hospital Gilson de Cássia Marques de Carvalho, em homenagem ao médico considerado um dos maiores defensores do SUS”, afirmou José Cortez Neto, representante do Movimento de Saúde da Cidade Ademar.
Além das plenárias, os moradores da região acompanham a evolução das obras através da página acompanhamentohvstacatarina, pelo Facebook, onde há a ainda a publicação de fotos que registram a instalação de equipamentos.
