Por Camila Brunelli

Técnicos da Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) se reuniram, esta semana, com médicos e farmacêuticos dos 23 serviços especializados municipais que tratam de hepatites. Na reunião foi discutido o protocolo de tratamento para a hepatite tipo C. A ação faz parte da programação da Semana de Hepatites, por conta do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. A data foi comemorada, no decorrer da semana, com atividades de orientação sobre transmissão e prevenção das hepatites em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade. Nas salas de espera das UBS está sendo transmitido um vídeo estimulando os usuários à procura pelo diagnóstico da doença.

O tratamento sempre foi feito durante 48 a 72 semanas com dois medicamentos: um injetável e um de uso oral. Além do longo tempo, os remédios podiam provocar efeitos colaterais como anemia grave e distúrbio psiquiátrico. Os recentes avanços no cuidado e na implementação de novos medicamentos de uso oral possibilitaram altas taxas de cura e a redução de importância dos efeitos colaterais atuais, como cefaleia, fadiga, insônia, fotossensibilidade ou anemia. O tempo de tratamento também foi revisto, sendo agora 12 semanas.

Daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir – os três novos medicamentos -, serão ministrados a cada paciente sempre aos pares. “A combinação das substâncias depende do genótipo do vírus”, explicou Celia Regina Cicolo da Silva, coordenadora do Programa Municipal de Hepatites Virais da COVISA. O novo protocolo de tratamento foi lançado no dia 27 pelo Ministério da Saúde. Os remédios serão disponibilizados pelo ministério ainda esse semestre. O fornecimento à população será feito pelo Governo do Estado, pois são medicamentos de alto custo.