Usuários do CAPS Adulto Largo XIII se divertem no3º arraial na unidade

Parentes e amigos de pacientes também participaram

Por Felipe Aires

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Adulto Largo XIII realizou em sua unidade, no dia 25 de junho, a 3ª edição do seu Arraial. O evento teve início às 13h e só terminou às 17h. Cerca de 60 pessoas se divertiram com brincadeiras organizadas pelos funcionários da unidade. Uma mesa com doces e salgados foi montada para aumentar ainda mais o clima de festa junina.

“Essas festas em datas especiais são muito importantes para o tratamento que fazemos com os pacientes, pois lhes remetem às respectivas histórias de cada um. Isso ajuda a melhorar a vida ativa deles e os faz entender que eles são pessoas normais como todas as outras” disse Regina Figueiredo, psiquiatra e gerente da unidade.

Familiares e amigos dos pacientes também participaram ao arraial e, segundo Regina, isso motiva os pacientes a seguir com o tratamento: “A gente procura sempre motivar a presença dos familiares e amigos dos pacientes aqui na unidade. É importante para os dois lados. Nossa quadrilha foi feita para dar errado, para a gente rir. Mas até que fizemos direitinho hoje”, disse ela em tom de brincadeira.

‘Aqui reencontro com amigos’

A dona de casa Tânia Luiza de Oliveira, ex-usuária do CAPS Adulto Largo XIII, frisou a importância do arraial. “É um reencontro com os amigos. Gosto muito daqui e participo de todas as datas festivas, pois me faz muito bem. Sempre fui muito bem acolhida e cuidada”, disse.

Também ex-usuária da unidade, a costureira Corinta Lúcio da Silva, amiga de Tânia, foi uma das mais animadas: “Lembrei muito da minha infância nessa festa. Dancei, pulei e cantei o tempo todo. Trouxe minha família para se divertir também e conhecer meus amigos que ainda estão aqui. Criamos vínculos muito fortes aqui dentro e, por mais que eu tenha tido melhora e hoje esteja inserida na sociedade, ainda me preocupo com meus amigos que estão aqui”.

“É muito importante que as pessoas venham conhecer a unidade para perceberem que temos cidadãos comuns aqui, que apenas vivem um momento delicado e que necessitam de ajuda. Esse preconceito precisa acabar”,afirmou a gerente da unidade.