COVISA combate tuberculose entre população em situação de rua

Sé apresenta maior concentração dessa população

A Coordenação de Vigilância à Saúde (COVISA) iniciou a construção coletiva do enfrentamento da doença entre a população em situação de rua. A ação foi concretizada por meio do Programa de Controle da Tuberculose (PACTU), em parceria com a Atenção Básica, Saúde Mental, Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social em parceira Associação Saúde da Família. O objetivo é aumentar a taxa de cura da tuberculose através do tratamento diretamente observado (TDO). Nele, o paciente é acompanhado pela equipe de saúde, diariamente, ao longo de todo período de tratamento.

As duas equipes do programa iniciaram seus trabalhos no final de janeiro deste ano. Elas ocorreram na região central de São Paulo em parceria com o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto. Levantamento constatou que a região da Sé apresenta a maior concentração de pessoas em situação de rua, o que foi determinante na escolha do local para realizar as atividades.

Atendimento

As equipes integradas contam com cinco agentes sociais, duas enfermeiras, um assistente social, um psicólogo e um interlocutor. Os pacientes em situação de rua, com tuberculose, são atendidos pelas equipes nas UBS Nossa Senhora do Brasil, UBS Humaitá e CS Barra Funda.

O diferencial dessas equipes está no acompanhando direto de cada paciente, inclusive aos finais de semana. Após a medicação, as pessoas em situação de rua recebem tickets para garantir café da manhã, almoço e jantar. O convívio diário para a medicação, além de assegurar o tratamento, cria um vínculo entre equipe e paciente, facilitando a possibilidade de adesão ao tratamento até à cura e a inclusão social dessas pessoas.

Os profissionais de saúde também verificam as condições médicas dos pacientes e o desenvolvimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), visando o resgate da autoestima e da cidadania por meio de atividades educacionais e culturais.

O PACTU foi implementado no âmbito da portaria nº3 110/13, do Ministério da Saúde, que em 2013 autorizou o repasse financeiro do Fundo Nacional de Saúde para possibilitar a implementação de ações contingenciais para vigilância, prevenção e controle da tuberculose.