Propostas para o aperfeiçoamento de políticas públicas de saúde foram discutidas, apresentadas e votadas pelos delegados
Por Keyla Santos
Fotos: Edson Hatakeyama
A 18ª Conferência Municipal de Saúde, que ocorreu no Palácio de Convenções do Anhembi, se encerrou nesta quarta-feira (24). O evento contou com a participação de aproximadamente 1.400 pessoas ao longo de seus três dias de duração. O último dia foi marcado pela plenária final, eleição e homologação dos delegados para a 7° Conferência Estadual de Saúde de São Paulo e 15° Conferência Nacional de Saúde. Propostas para o aperfeiçoamento de políticas públicas de saúde foram discutidas, apresentadas e votadas pelos delegados. Elas serão levadas às próximas etapas, que ocorrerão de 1° a 4 de dezembro.
Durante a plenária foram apresentadas, por eixo temático, até 20 propostas municipais, até dez estaduais e até dez nacionais resultantes das discussões realizadas nos grupos de trabalho. Os delegados votaram em dez propostas prioritárias municipais, cinco estaduais e cinco nacionais por eixo temático.
Mais de 1.700 propostas foram apresentadas e discutidas. Elas foram resultado de discussões feitas nas pré-conferências, realizadas no mês de maio, nas 32 subprefeituras. A conferência também teve a presença maciça dos delegados inscritos. Das 144 vagas de representantes municipais que participarão da etapa estadual 50% são destinadas aos delegados do segmento usuário, 25% aos do segmento trabalhador e 25% para os do segmento gestor/prestador de serviço. Para a etapa nacional foram eleitos 72 delegados, sendo 36 do segmento usuário, 18 do segmento trabalhador de saúde e 18 do segmento gestor/prestador de serviço.
O evento contou com a participação de aproximadamente 1.400 pessoas ao longo de seus três dias de duração
‘É uma maneira democrática de discutir e decidir saúde’
Muitos gestores da saúde participaram do evento. Eles acompanharam de perto o processo de participação popular na definição de propostas de políticas públicas de saúde para a cidade de São Paulo, para o estado e para o País.
Segundo o coordenador da Coordenadoria Regional de Saúde Norte (CRS – Norte) Alberto Alves Oliveira, esse é um momento importante para os munícipes. Segundo ele, a conferência é um momento fundamental da participação dos três segmentos: gestor, trabalhador e usuário, na definição da política de saúde do território, no caso, o município de São Paulo.
“Aqui congrega todos os segmentos dos territórios num momento único para definir a política [de saúde] da cidade. É uma maneira democrática de discutir e decidir saúde, ou seja, a diferença é que esse governo prioriza a participação da população na definição das políticas de saúde deste munícipio”, disse Oliveira.
De acordo com Denize Calvo Costa, integrante da Assessoria de Gestão Participativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conselheira municipal de saúde e integrante da Comissão Organizadora da 18ª Conferência Municipal de Saúde, essa é a maior conferência já realizada e a de maior abrangência na cidade de São Paulo.
“É uma conferência muito representativa. Houve muito interesse nessa conferência. Estamos com a plenária lotada, todos estão participando intensa e ativamente. E esperamos que os resultados sejam bons para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou Denize.
