Acupuntura: tratamento complementar gera mais que bem-estar

Prática busca trazer alívio e diminuir uso de medicamentos

Acunputura gera muitos benefícios para a saúde, mas ainda faltam profisisonais para atuar na área

 

Texto e foto por William Amorim

O uso da acupuntura para aliviar dores e proporcionar mais qualidade de vida à população vem sendo ampliada, inclusive dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Prova disso, já existe até data para comemorar o dia do acupunturista: 23 de março. Na medicina tradicional chinesa, a acupuntura trabalha desbloqueando ou potencializando um órgão que esteja enfraquecido, buscando a harmonia física e da mente através de canais que percorrem o corpo. Já na cultura ocidental, essa prática é aceita como uma área da medicina. A explicação está no fato de as agulhas estimularem terminações nervosas que seguem ao cérebro. Então, são conduzidos mediadores que vão trazer bem-estar, alívio e desinflamação ao paciente.

Redução de medicamentos

Antigamente a acupuntura era assimilada ao termo “alternativa”. Hoje, essa terminologia caiu em desuso. A designação apropriada é “complementar”. Um dos seus maiores benefícios está na redução do uso de medicamentos, principalmente anti-inflamatórios. Por isso, os principais encaminhamentos são feitos por ortopedistas.

Esse tratamento pode ajudar em doenças ortopédicas, cólicas menstruais, problemas gástricos, problemas de saúde mental (ansiedade, depressão etc.), doenças respiratórias (asma, bronquite, etc.) e doenças ginecológicas, entre outras.

Variações

O tipo mais comum de acupuntura é aquele onde são utilizadas agulhas. Porém, existem outras formas de estimular os pontos.

A “moxa” é um bastão formado de uma erva ou carvão que, quando aceso, estimula os pontos através o calor. O laser é um tipo moderno, que não utiliza agulha. Já a eletro acupuntura é uma técnica na qual as agulhas são ligadas a aparelhos elétricos. A acupuntura auricular trabalha com sementes fixadas em pontos da orelha. Qualquer pessoa, independentemente da idade, pode fazer acupuntura. Mas é bom lembrar que alguns pontos não são recomendados para gestantes.

“Acho que as pessoas não procuram a acupuntura de imediato por medo das agulhas. Na primeira sessão, pergunto como elas lidam com isso. Se elas tiverem medo muito grande eu não recomendo, pois elas vão ficar tensas e tem pontos que ficam perto de artérias e veias, e se a pessoa se mexer muito poder ser perigoso”, diz Paulo Albuquerque, médico que atua na UBS Sérgio Chaddad, em Capela do Socorro, zona Sul de São Paulo.