Secretaria divulga segundo balanço de dengue e chikungunya na cidade

Durante coletiva, secretário-adjunto Paulo Puccini apresentou dados consolidados até a quarta semana epidemiológica, que registrou 1.368 notificações e 220 confirmados

O secretário-adjunto de saúde, Paulo Puccini, apresentou nesta quinta-feira (12) o segundo balanço do ano sobre a situação da dengue até a quarta semana epidemiológica. No período de 4 a 31 de janeiro, 1.368 casos foram notificados e 220 foram confirmados autóctones (contraídos no município). No mesmo período de 2014 a cidade teve 743 casos notificados e, destes, 81 autóctones confirmados. Um óbito está em análise. Já para a febre chikungunya, neste ano, não há registro de casos autóctones, mas foram registrados três casos importados.

Mais cedo, o prefeito Fernando Haddad apresentou os dados preliminares referentes a quinta semana epidemiológica (4 de janeiro a 7 de fevereiro), que contam com cerca de 1.500 notificações da doença, destas, aproximadamente 230 confirmados. No mesmo período do ano passado, foram 1.073 notificações e 143 casos confirmados autóctones. A variação da confirmação autóctones ocorre pela doença der diagnosticada em aproximadamente seis dias após a notificação.

Na capital, em 2014, foram registrados 28.995 casos autóctones (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano.

Desde novembro do ano passado, a secretaria municipal de Saúde intensificou as ações de prevenção com duas novas estratégias para o combate às doenças. A portaria 2.286/2014 estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24 horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos.

A Secretaria criou ainda comitês locais de prevenção nas subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo. Durante uma reunião realizada na manhã de hoje, diretores de hospitais públicos e particulares receberam orientações de como agir e como diagnosticar os casos da doença.

Na manhã desta quinta-feira (12), o Plano Municipal de Combate ao Aedes-Aegypti ganhou reforço com a integração de equipes da Defesa Civil. Em cerimônia realizada no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, 32 viaturas do órgão foram entregues devidamente adesivadas e equipadas com alto-falantes para a conscientização da população.

Durante a vigência do plano, toda quarta-feira, a partir de 25 de fevereiro, equipes da Secretaria de Saúde distribuirão panfletos e revistas educativas que tratam das formas de prevenção e combate aos criadouros em pontos estratégicas da cidade, de grande concentração de pessoas, como terminais de ônibus e portas de estações de metrô.

Entre as hipóteses levantadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) para o aumento dos casos neste ano estão as altas temperaturas e o acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses. Por isso, a Prefeitura reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas. As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo. Os paulistanos devem se atentar à necessidade de ação individual preventiva para eliminar criadouros de mosquito Aedes aegypti. A visita de equipes é programada com base no mapeamento de pontos críticos, a partir dos casos confirmados. E uso de nebulização pesada (“fumacê”) só ocorre em última instância, emergencial, e funciona para eliminar mosquitos, sem efeito prático na eliminação de criadouros.

É importante esclarecer que a dengue está mais associada ao calor e à água limpa do que simplesmente à chuva, porque qualquer pequena coleção de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso pode ser um criadouro.

Casos notificados (CN) e autóctones (CA) por Semana Epidemiológica (SE) de início de sintomas

Casos autóctones de dengue por Coordenadoria Regional de Sáude, Subprefeitura e Distrito Administrativo até a 4ª Semana Epidemiológica

 

 

De Secretaria Executiva de Comunicação