11 novas UBS começam a ser construídas este trimestre

Com investimento de R$ 44 milhões, unidades de saúde serão nas coordenadorias norte, sudeste, leste e centro-oeste, e têm previsão de conclusão em 12 meses

As novas UBS’s prestarão atendimento no modelo integral, com horário de funcionamento de segunda a sexta-feira das 7h às 19h e aos sábados das 8h às 14h

 

Por Beatriz Prado e Keyla Santos com colaboração da CRS Leste e Sudeste

Parte do Plano de metas para a área da saúde de 2013 a 2016, a construção de 11 novas unidades básicas de saúde começa a sair do papel ainda no primeiro trimestre. Com o objetivo de ampliar o acesso a serviços públicos de qualidade, a Prefeitura do Município de São Paulo definiu a construção e instalação de 43 novas Unidades Básicas de Saúde que devem ser entregues até dezembro de 2016. As quatro primeiras unidades de atendimento integral foram inauguradas no Jardim Miriam II-Cidade Ademar, Vera Cruz-Jardim Ângela, Jardim Edite-Brooklin e Maringá/Talarico-Vila Matilde. Para a construção das 11 unidades, o custo estimado é de R$ 44 milhões, sendo R$ 7,7 milhões de repasse do Ministério da Saúde e o restante faz parte de recursos do tesouro municipal.

Os projetos, desenvolvidos por técnicos e especialistas da Secretaria e contratados, serão executados dentro das normas do Ministério da Saúde, com área mínima de 1.084 m² e máxima de 1.359 m². As unidades contarão com consultórios clínicos e pediátricos, ginecológicos, fonoaudiológicos, psicológicos, sala de vacinação e de medicamentos, farmácia e consultório odontológico.

O início das obras se dá após a conclusão das etapas de licitação do projeto executivo (em média 90 dias), execução do projeto executivo (aproximadamente 120 dias), e licitação da obra, com a apresentação de propostas das empresas interessadas na prestação do serviço e análise de documentos da proposta vencedora (prazo médio de 90 dias).

Para a construção de novas unidades, a SMS atua com a busca de terrenos públicos, com dimensões necessárias para a instalação das tipologias físicas definidas pelo Ministério da Saúde. Durante o processo de análises de viabilidade geológica, o grupo de assessoria técnica conta com o apoio e aprovação da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), Secretaria de Habitação (SMH), Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).

As unidades licitadas e aptas para o início das obras são: UBS Brasilândia III, UBS Cidade Nova São Miguel, UBS Jd. São Carlos, UBS Jova Rural, UBS Parque das Nações Unidas, UBS Cambuci, UBS Enconsta, UBS Jd. Romano, UBS São Nicolau, UBS Pro Morar e UBS Vila Sônia. As novas UBS’s prestarão atendimento no modelo integral, com horário de funcionamento de segunda a sexta-feira das 7h às 19h e aos sábados das 8h às 14h.

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‘São mais de 20 anos de luta para conseguir a construção desta unidade’

O histórico de luta da população do município de São Paulo por um serviço de saúde de qualidade é antigo. Para algumas localidades, já dura mais de 20 anos, como no caso da região do Pro Morar, em Sapopemba.

De acordo com Antônio Pedro dos Santos, morador da região do Pro Morar 1, há 32 anos e membro do Conselho Gestor de Saúde da Supervisão Técnica de Saúde (STS) Vila Prudente, a construção da unidade básica de saúde (UBS) é muito importante e vai ajudar no atendimento de mais de 22 mil pessoas que moram na região de Sapopemba e que atualmente têm de se deslocar para outra unidade mais longe da comunidade em busca de atendimento.

“São mais de 20 anos de luta para conseguir a construção desta unidade numa região bastante vulnerável. A STS Vila Prudente Sapopemba tem estado muito presente nessa luta e estamos com uma expectativa bastante positiva”, disse Santos.

Já Celso Roberto Franco, morador do Jardim Romano e conselheiro gestor da UBS do bairro, fala com propriedade da luta de mais de 10 anos pela UBS Jardim Romano II. “É uma reivindicação muito antiga, porque o bairro está crescendo e a UBS Jardim Romano I não tem como atender toda a demanda”. Sem contar a população que já reside há anos na comunidade, o bairro da zona leste ganhou, com os novos conjuntos residenciais, cerca de 800 famílias.

Ruth Maria da Silva, que está no segundo mandato como conselheira gestora da UBS Jardim Romano I, confirmou. “Nossa unidade tem mais de 50 mil prontuários, pois atende aos moradores do Romano, Vila Aimoré, Vila Itaim. Então essa UBS foi a nossa prioridade e tivemos que brigar muito para que não fosse uma praça”, disse. A unidade, segundo Ruth, vai ajudar muita gente que caminha dois, três quilômetros para ter assistência.

Essa demanda também foi apresentada como proposta e aprovada na Conferência Municipal de Saúde, em 2013. “Também fizemos questão de colocá-la no programa de governo do prefeito Haddad”, disse a conselheira.