Secretaria é premiada por experiência na área de melhoria da qualidade de informações em saúde

Pré-natal é fundamental para observar as causas da prematuridade e evitá-la

Atualizado em 7/11/2014

Por Keyla Santos

A experiência apresentada durante a 14ª Expoepi - Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, realizada de 27 a 31/10/14, em Brasília, intitulada “Carta para investigação de prematuridade: estratégia para aperfeiçoamento das informações de mortalidade infantil no município de São Paulo” concorreu com outros trabalhos e alcançou o primeiro lugar na área Melhoria da Qualidade de Informação em Saúde.

Esse evento, realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, visa reconhecer os profissionais que promoveram e divulgaram boas práticas no campo da saúde e o incentivo de todos os outros a colaborarem para a construção de conhecimento científico.



“Nós já apresentamos outras experiências em anos anteriores também com duas premiações com o Sistema de Informação sobre os Nascidos Vivos (SINASC). Temos a preocupação de aprimorar a qualidade das informações em saúde com várias iniciativas distintas, independente do sistema. Participar da 14ª Expoepi foi uma experiência muito bacana e estamos muito orgulhosos desse reconhecimento. É o momento de contribuirmos com outros municípios compartilhando essas experiências”, disse Margarida Lira, coordenadora de Epidemiologia e Informação (Ceinfo).


Metodologia

A aplicação dessa metodologia, que consiste em enviar cartas aos profissionais de saúde que atestaram a morte do bebê prematuro, visa aprimorar as causas da morte. A prematuridade é um fator importante dentro da mortalidade infantil, 50% dos óbitos de menores de um ano são de crianças que nasceram com peso menor de 1.500 gramas”, disse Geny Marie Matsumura Yao, pediatra e integrante do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), Ceinfo.

“Tendo em vista que já trabalhei nos Comitês de Mortalidade Infantil e já fazia análises da mortalidade infantil, foi possível perceber que a prematuridade é um fator importante dentro da mortalidade infantil. Ou seja, 50% dos óbitos de menores de um ano são de crianças que nasceram com peso menor de 1.500 gramas”, disse Geny Marie Matsumura Yao, pediatra e integrante do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM), Ceinfo.

A pediatra frisou a importância de entender os fatores que levaram o bebê a nascer prematuramente. 

O objetivo dessas cartas era saber se havia uma condição materna ou da gestação que pudesse justificar a prematuridade. “Com essas respostas, foi possível conhecer melhor o perfil da mortalidade, porque a primeira causa de morte infantil no município de São Paulo eram as infecções. Após o resultado das cartas, as infecções passaram a ser a segunda causa. A primeira causa em 2013 passou a ser as anomalias congênitas, que é o padrão dos países mais desenvolvidos”, explicou a pediatra.

Dentre os principais fatores maternos é possível destacar as infecções urinárias, descolamento de placenta, hipertensão materna. “O pré-natal é fundamental, tanto no que diz respeito ao acesso como na sua qualidade, para reduzir a mortalidade infantil”, destacou.

 

Baixe aqui:

Carta Prematuridade

Apresentação 14ª Expoepi