Secretaria Municipal da Saúde
Programa Mais Médicos comemora três anos em seminário
Na última sexta feira (08/07), o Sindicato dos Síndicos recebeu o Seminário de três anos do Programa Mais Médicos, onde foram discutidas questões referentes aos desafios enfrentados nesse período e as perspectivas para o programa nos próximos anos.
Iniciando o evento, Joaquim Molina, representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) falou sobre o esforço depositado no projeto, que de acordo com o mesmo, foi pioneiro, está em constante crescimento e foi possível somente devido ao elevado nível de sacrifício de muitas pessoas. Alexandre Padilha, Secretário de Saúde, discursou sobre a luta para que o programa fosse aceito, das dúvidas da população e da imprensa quanto aos médicos estrangeiros, e por fim da consolidação do programa.
Um dos pontos citados como positivos do programa foi o fato do Mais Médicos recrutar profissionais oriundos apenas de países que não têm um déficit na área, tal prática não é realizada em alguns países como Inglaterra e Canadá, que acabam drenando médicos de países mais pobres, que por fim acabam sentindo essa falta. “A gente não tira médicos de países que têm menos médicos por habitante que o Brasil”, citou Padilha, que também destacou o sistema de rotatividade do programa, onde os profissionais não ultrapassam três anos no país, ajudando na formação de outros médicos.
Em seguida, foram entregues certificados de participação do programa a alguns dos médicos brasileiros e estrangeiros, que estavam presentes no seminário. Depois, teve uma apresentação dos números do projeto, feita por Célia Cristina Bortoletto - Secretária-Adjunta, Rejane Calixto - Coordenadora da Atenção Básica da SMS, Mozar Sales e Hêider Aurélio Pinto – Ex-Secretários de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde e Maria Alice Fortunato - Coordenadora Técnica da Unidade Mais Médicos da OPAS.
De acordo com alguns dos dados apresentados, o programa conta com mais de 18 mil médicos no Brasil, vindos de mais de 40 nacionalidades diferentes, em sua maioria cubana (cerca de 11500), que causou melhorias visíveis nas condições de saúde, por exemplo, na redução da mortalidade infantil. Em São Paulo, segundo Rejane Calixto, cerca de um quarto dos médicos vêm do Mais Médicos, que nas unidades adeptas apresentaram uma queda de 58% no déficit de médicos.
Por fim, Padilha avaliou a data como um momento de comemoração e reflexão para o próximo período, agradecendo aos médicos brasileiros e estrangeiros presentes no evento, que se distanciaram das famílias em seus países de origem para trabalhar no Brasil, “tenho certeza que vocês acolhem os usuários como se fossem seus próprios familiares”, concluiu.
Por: Anderson Peixoto