Hospital e AMA do Ermelino adotam porta única e melhoram atendimento

Mudança na triagem qualificou fluxo e acolhimento pediátrico está três vezes mais rápido

 Texto e fotos por Jonathan Muniz


O Hospital Municipal Dr. Alípio Correa Neto (Ermelino Matarazzo), juntamente com a Assistência Médica Ambulatorial (AMA) anexa, implantaram desde o último dia 13 a chamada “porta única”. Trata-se de um sistema para triagem e classificação de risco que tem como principais vantagens aprimorar o atendimento e reduzir a demanda na espera. Os atendimentos pediátricos urgentes ficaram três vezes mais rápidos

A implementação do “porta única” foi precedida de um estudo de três meses, realizado pelas diretorias do Hospital e da AMA. O principal objetivo: melhorar o atendimento das unidades. Foi detectado, então, que muitos pacientes chegavam à AMA e deveriam ser atendidos pelo hospital, devido ao quadro grave. Casos de menor gravidade eram acolhidos primeiro no hospital e não na AMA, trazendo, algumas vezes, duplicidades no atendimento. Contribuía para esse cenário o hospital e a AMA terem portas de entrada diferentes para os usuários.

Segundo Marilande Marcolin, diretora-técnica do hospital, foi elaborado um estudo de fluxo para reduzir a quantidade de pessoas nos corredores e direcionar corretamente cada caso para o seu atendimento específico. A “porta única” foi implantada após o plano ser apresentado ao conselho gestor e coordenadores médicos.

Melhorias

Com a unificação das portas, os principais objetivos começaram a ser atingidos. Agora existe melhor direcionamento do fluxo de pacientes, diminuição no tempo de espera para classificação de risco e atendimento, conclusão da ficha com maior rapidez e inclusão mais efetiva dos protocolos implantados pela Secretaria Municipal de Saúde com respeito ao atendimento prioritário.

Após as mudanças, a “porta única” passou a ocorrer apenas na entrada principal do hospital, que conta agora com quatro salas de classificação de risco, sendo uma para atendimento pediátrico e preferencial, duas para pacientes adultos e uma para pacientes deitados (aqueles que são trazidos pelo SAMU, Corpo de Bombeiros, polícia e carros particulares, desde que tenham alguma patologia).

“Temos mais de três mil atendimentos a gestantes por mês. Agora, elas possuem uma entrada exclusiva, assim como pacientes que necessitam de atendimento para fazerem curativos e casos de retorno. Isso tudo melhorou muito o fluxo”, ressaltou a coordenadora do Pronto-Socorro, Leda Telesi Castro.

‘O atendimento ficou mais rápido’

Os atendimentos pediátricos urgentes ficaram três vezes mais rápidos. Em média, após a classificação de risco, apenas um terço das crianças precisou ser atendido no hospital, sendo o restante direcionado à AMA.

A munícipe Jéssica Fortes e seu marido, Cristiano de Jesus, elogiaram as mudanças. “Eu preciso vir todos os dias aqui para tomar medicação. Antes, eu precisava abrir ficha toda vez. Agora, vou direto ao balcão do setor e já sou atendida”, disse Jéssica. “O atendimento ficou muito mais rápido”, completou seu marido.