O prefeito de São Paulo, João Doria, fez palestra nesta segunda-feira (15) em Nova York no VI Seminário Brasil e a Economia Mundial, organizado pela Fundação Getúlio Vargas e Câmara Brasileira e Americana de Comércio, no Harvard Club, em Nova York. Ele foi aplaudido de pé no fim da apresentação.
No evento, com a presença de cerca de cem empresários brasileiros e americanos, o prefeito apresentou os resultados de alguns dos programas que vem desenvolvendo na administração municipal, como o Corujão da Saúde, Escolas Digitais e o SP Cidade Linda.
Doria também falou sobre o Plano Municipal de Desestatização, indicando aos presentes as oportunidades existentes para que investidores nacionais e estrangeiros participem dos processos de privatização, parcerias público-privadas e concessões de ativos e serviços públicos.
O prefeito ressaltou que o objetivo do plano é ampliar e melhorar os serviços públicos, desonerando a Prefeitura de obrigações que hoje consomem recursos públicos. Doria reafirmou que os recursos obtidos ou economizados nesse processo serão investidos integralmente em áreas prioritárias como saúde, educação, habitação popular e mobilidade.
Ao falar sobre as Escolas Digitais, o prefeito mencionou a doação de R$ 300 milhões em equipamentos que será feita pela Cisco e que vai ampliar e melhorar a conectividade de mais de mil escolas. Doria também disse que a educação deve se focar no que interessa as crianças e jovens, em tecnologia, e não em ideologia.
Doria iria se reunir nesta segunda-feira (15) com o atual prefeito de Nova York, Bill de Blasio, mas o encontro foi cancelado porque Blasio precisou viajar para Washington. O prefeito de São Paulo terá uma reunião nesta terça-feira (16) com o ex-prefeito Michael Bloomberg, fundador da empresa de comunicação Bloomberg e da Bloomberg Philanthropies.
Programação
Entre os eventos para promover o programa de desestatização de São Paulo, Doria se encontrará com líderes empresariais e do setor bancário para apresentar oportunidades de investimento em imóveis, leasing, gestão e operação de serviços.
A programação inclui conversas com Bank of America, Goldman Sachs, Citybank e empresas do Council of the Americas. “Vamos falar com fundos e bancos que têm investimentos no Brasil, ou que podem potencialmente ter investimentos, para apresentar o programa de desestatização. Vamos também ao BID, em Washington, para prosseguir entendimentos iniciados em São Paulo, com o objetivo de captar recursos para a área de saúde”, diz Doria.
Os principais ativos do programa de desestatização são o Centro de Convenções Anhembi, o Autódromo Interlagos, o Estádio do Pacaembu, centenas de imóveis, 29 terminais de ônibus e o sistema de compra de passagens dos ônibus municipais.
“Nós acreditamos que o Complexo do Anhembi e o Autódromo de Interlagos despertarão grande interesse. Os empresários americanos também demonstraram especial interesse pela concessão da bilhetagem, dos terminais de ônibus e do serviço funerário, além do fundo imobiliário”, explica o secretário Wilson Poit (Desestatização e Parcerias), que acompanha o prefeito na viagem.
O ponto alto da agenda de apresentações do programa é o evento Brazilian Investment Forum, que será realizado no Harvard Club, no centro de Manhattan. Na quarta-feira (17), João Doria, ao lado do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, participará do encontro, que vai promover as relações bilaterais entre empresários e investidores norte-americanos e brasileiros.
Governador e prefeito participam, no mesmo dia, à tarde, de reunião com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, capital dos Estados Unidos. Além da captação de recursos para saúde, a Prefeitura quer buscar o suporte da instituição para o programa de desestatização. “O BID tem um tipo de financiamento que auxilia o pagamento de consultorias para os projetos de privatização, concessão e parcerias público-privadas. O selo do BID e o apoio internacional ajudam a dar mais transparência ao projeto”, diz Wilson Poit.
“Person Of the Year”
Na noite de 16 de maio, Doria receberá o prêmio “Person Of The Year”, concedido pela Brazilian American Chamber of Commerce. “O prêmio reproduz o sentimento de uma boa gestão à frente da Prefeitura de São Paulo, ainda que em prazo curto. É uma mudança de valores, em que gestão passa a ser mais importante. Onde eficiência e modernidade façam a diferença”, afirma o prefeito João Doria.
A premiação “Person Of The Year” é organizada anualmente desde 1970 pela Brazilian American Chammber of Commerce. São esperadas cerca de mil pessoas, entre empresários, autoridades públicas, investidores, banqueiros e analistas de rating no evento, que acontece em jantar na próxima terça-feira (16), no American Museum of Natural History.
Com o objetivo de estreitar os laços entre as duas nações, a cada ano o prêmio homenageia duas importantes autoridades, sempre um brasileiro e um norte-americano. Além do prefeito João Doria, a edição de 2017 irá premiar, pelo lado americano, o embaixador americano Thomas A. Shannon Jr.
Acompanhe em Dia do prefeito João Doria