Nesta quarta-feira, 6, a cidade de São Paulo sediará o encontro de Sherpas do Urban 20 (U20) 2024, que reúne representantes das cidades membros, cidades observadoras e parceiros da rede. O objetivo do grupo é promover a diplomacia urbana entre cidades de países que participam do Grupo dos 20 (G20), um importante fórum de cooperação econômica internacional. O Urban 20 é uma iniciativa que busca reunir os prefeitos das principais cidades do G20 - grupo formado pelos Chefes de Estado, ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias mundiais + União Europeia - para discutir, planejar ações e realizar trocas de experiências e boas práticas, além de favorecer novos negócios e a cooperação internacional entre as cidades. O encontro reforça o papel de governos locais como líderes econômicos e políticos mundiais.
Neste ano, o Brasil tem a presidência do G20, e São Paulo, junto ao Rio de Janeiro, conduzirá a reunião que será baseada nas prioridades e objetivos estabelecidos pelo país presidente, bem como no legado dos Comunicados U20 anteriores. A capital paulista sediou na última semana, a 1ª Reunião de Ministros de Finanças e de Presidentes de Bancos Centrais do G20 que reuniu líderes das maiores economias mundiais para discutir o rumo da economia do planeta. Agora, a cidade recebe o encontro de Sherpas do Urban 20 de 2024, que tem a intenção de fortalecer a diplomacia das cidades por meio de negociações e articulações entre chefes de Estado, no caso, entre prefeitos de municípios dos países que integram o G20.
"O U20 é coordenado pela C40, rede global de prefeitos para enfrentar a crise climática, e pela Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), organização de governos locais e regionais do mundo, conhecida como ‘a ONU das Cidades’. A Secretaria Municipal de relações Internacionais está atuando, em conjunto ao Rio de Janeiro, na preparação das agendas do Urban 20 para facilitar a cooperação duradoura no âmbito do G20, para aproximar e ressaltar as necessidades e os anseios das cidades de modo a torná-las cada vez mais conhecidas e atendidas", explica a secretária-adjunta de Relações Internacionais, Embaixadora Maria Auxiliadora Figueiredo.
O governo brasileiro propôs na reunião ministerial do G20 iniciativas, como: discutir e lançar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza; promover o envolvimento do setor financeiro em ações contra a mudança climática; e investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação para a bioeconomia. No encontro de Sherpas as prioridades e propostas feitas pelo Brasil, presidente do G20, serão abordadas pelas cidades copresidentes - São Paulo e Rio de Janeiro -, que apresentarão sugestões em âmbito subnacional.
O encontro de Sherpas do U20 faz parte do “Fórum Urbano de São Paulo”, uma convenção que reunirá todos os eventos internacionais sediados na capital, como: Congresso do ICLEI; Reunião do Conselho Administrativo de Metropolis; Virada ODS; e a Feira Internacional de Negócios. A Coordenadora Geral de Relações Internacionais, Luiza Debrassi, explica que é importante para São Paulo sediar e participar dessas agendas, pois a cidade atrai possibilidade de parcerias, investimentos e fortalece relações de cooperações internacionais bilaterais e multilaterais já estabelecidas, além de possibilitar importantes trocas de experiências e cooperações para elaboração de políticas públicas centradas no desenvolvimento das cidades.
Trilha de Sherpas
Dentro do G20, organismo internacional, existem duas faixas paralelas de atuação, a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças, que conversam entre si. Na Trilha de Sherpas o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza, a mobilização global contra a mudança do clima e uma iniciativa sobre bioeconomia são pautas de 15 grupos de trabalho.
Com a presidência do Brasil no G20, Sherpas é comandada pelo secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, o embaixador Maurício Lyrio, que é considerado um emissário pessoal responsável por supervisionar as negociações, discutir os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenar a maior parte do trabalho.