São Paulo apresenta projetos de créditos de carbono na Suíça

Evento foi realizado na Basileia

Projetos que a cidade de São Paulo vem adotando para reduzir emissões de gases de efeito estufa foram apresentados na Suiça nesta semana. A apresentação foi realizada durante a conferência sobre projetos de geração de créditos de carbono em mega cidades, realizada de 4 a 6 de fevereiro na Basileia. O evento foi co-patrocinado pelo Banco Mundial, rede de cidades C-40 e Governo suíço, e contou com a presença de grandes cidades como Nova York, Seul, Cidade do México e Nova Délhi.
 
O secretário-adjunto de Relações Internacionais representou a Prefeitura de São Paulo no evento, que tem como objetivo incentivar e capacitar administrações públicas de cidades de países em desenvolvimento na elaboração e implementação de novos projetos de combate ao aquecimento global.
 
São Paulo compartilhou com demais  cidades sua experiência com os projetos dos  aterros sanitários Bandeirantes e São João, que geraram créditos de carbono no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto (MDL).  Durante a conferência, também foram apresentadas modalidades de acesso a novas tecnologias e financiamentos para projetos na área de mudança do clima.
 
Créditos de carbono
 

As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) são créditos de carbono que a Prefeitura tem direito pelos resultados obtidos com o controle de emissão de gases geradores do efeito estufa em seus aterros sanitários.
 
Situado na Zona Norte da capital paulista, o aterro sanitário Bandeirantes tem uma área de 150 hectares, com aproximadamente 35 milhões de toneladas de lixo. Este foi o primeiro aterro a possuir uma usina termoelétrica. Instalada em 2003, ela tem capacidade de geração de 170 mil MW/h por ano.
 
Já o aterro sanitário São João, que fica na Zona Leste, possui uma área de 80 hectares e recebe diariamente cerca de sete mil toneladas de lixo. A usina termoelétrica criada no local tem capacidade de geração de 200 mil MW/h por ano, o que equivale ao consumo de uma cidade de cerca de 400 mil habitantes.
 
Nos dois locais, foram instalados sistema de captação dos gases produzidos pela decomposição do lixo urbano, principalmente o gás carbônico e o metano, alguns dos responsáveis pelo efeito estufa. Com as usinas, os gases emitidos nos aterros passaram a ser utilizados para a geração de energia elétrica. Os projetos de São Paulo são os maiores do mundo na área de saneamento entre aqueles aprovados pelo MDL, correspondendo a 66% do total de créditos de carbono gerados globalmente naquele segmento.


(Texto: Assessoria de Imprensa - SMRI)