FEBRE AMARELA

Secretaria Municipal da Saúde faz ações para intensificar vacinação na Zona Norte de São Paulo; saiba mais sobre a doença e se você precisa se vacinar

A Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) informa que não há transmissão de febre amarela no município de São Paulo. Foi confirmada, até agora, a morte de um macaco bugio positivo para a doença no Horto Florestal, na região Norte. A Secretaria Municipal da Saúde/COVISA, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, vem realizando ações de intensificação da vacinação nesta região do município. Até o presente momento, não há notificação de caso humano de febre amarela, seja do tipo silvestre ou urbana, adquirida na capital paulista.

Todos os casos relatados no Brasil são de febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, só encontrados em lugares de mata. A febre amarela urbana (que envolve o homem e tem como vetor potencial para transmissão o Aedes aegypti) não circula no país desde 1942.

Vacinação
A Zona Norte conta com 37 Unidades Básicas de Saúde (UBS) para aplicação da vacinação preventiva (veja a lista completa). Nesta primeira fase, a prioridade da vacinação é para pessoas que residam a até 500 metros no entorno do Parque do Horto. Haverá ampliação do horário de atendimento nesses postos, que também atenderão a população no fim de semana. Se você mora em outras regiões da cidade, não é necessário se vacinar.

A coordenadora do programa municipal de imunização da capital, Maria Lígia Nerger, esclarece que os munícipes que já tomaram a vacina em alguma fase da vida não precisam de reforço. “Quem já tomou não precisa se vacinar novamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam apenas uma dose da vacina para prevenção contra a febre amarela: é o suficiente para proteger contra a doença.”

A vacinação seguirá até que todo o público-alvo esteja imunizado e as ações de rotina seguirão nas unidades que normalmente já realizam vacinação para a febre amarela: clique aqui

A dose não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é importante consultar o médico.

Parques fechados
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) suspendeu a visitação pública em 13 parques do município, como medida preventiva após a morte do macaco.

É importante informar que o macaco não transmite a doença para humanos. Sua morte é o indicativo de que há circulação de vírus no local. “O ataque do mosquito à fauna é um alerta para podermos conter o avanço da doença e evitar que ela chegue ao ser humano. Os primatas atingidos são apenas vítimas da doença, pois não a transmitem ao homem. Pedimos que a população nos informe a presença de animais doentes ou mortos e jamais mate nossos animais”, afirmou Juliana Summa, diretora da Divisão de Fauna Silvestre da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Ciclos da Febre Amarela
A Febre Amarela apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: a febre amarela silvestre (FAS), que ocorre em primatas não humanos (macacos) e os principais vetores transmissores são mosquitos silvestres (dos gêneros Haemagogus e Sabethes). O ser humano é contaminado acidentalmente, quando vai para áreas rurais ou silvestres que tem a circulação da febre amarela. O ciclo da Febre Amarela Urbana (FAU) envolve o homem e tem como vetor principal o Aedes aegypti.

 

Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela urbana. Para que ela continue longe da população, é fundamental reforçar o combate ao mosquito, que também transmite dengue, chikungunya e zika vírus. A população pode ajudar, eliminando os locais que acumulam água e servem de criadouro para o mosquito, principalmente nas residências.

No município, além da vacinação preventiva contra a febre amarela na Zona Norte, as equipes das Supervisões de Vigilância em Saúde (Suvis) intensificaram as ações de controle vetorial do mosquito Aedes Aegypti em imóveis que margeiam a área da mata dos parques Horto Florestal e Anhanguera, na Zona Norte. Até o momento, na região do Horto Florestal foi realizada a nebulização de aproximadamente 3.700 imóveis em uma área com população estimada em 9.361 pessoas.

Sintomas da doença
Caso você tenha viajado para alguma área de risco de transmissão no Brasil ou para Cidades do Estado de São Paulo, fique atento. Os sintomas aparecem, geralmente, 3 a 6 dias após a picada do mosquito transmissor infectado, mas podem levar até 15 dias para ocorrerem.

  • febre de início súbito, calafrios;
  • dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral;
  • náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza;
  • icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos);
  • sangramentos.

Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Importante: informe ao serviço de saúde se você viajou nos 15 dias anteriores ao início de sintomas e leve a sua carteira de vacina.