Técnicos das Subprefeituras participam de palestra sobre cuidados das árvores

Pesquisador do IPT abordou a influencia dos fatores antrópicos, ambientais e climáticos no desenvolvimento da árvore

A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras organizou nesta quarta-feira (09) a Palestra “Análise de risco de queda de árvores Biodeterioração e Biomecânica” com o Doutor Sérgio Brazolin, pesquisador do Centro Tecnológico de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas-IPT que abordou os principais aspectos relacionados ao perigo de queda de árvores na cidade.

A palestra contou com a participação de cerca de cinquenta técnicos da Secretária e das Subprefeituras que são responsáveis pelo manejo das árvores localizadas nas ruas e praças da Cidade. O Doutor Sergio Brazolin abordou os principais aspectos relacionados à biodeterioração (apodrecimento) do lenho das árvores causada por organismos xilófagos (que se alimentam de madeira), com destaque ao ataque de cupins, brocas e fungos.

Ele destacou que a presença de fungos e cupins estão entre os principais fatores associados com a deterioração da árvore. As condições de temperatura, umidade e aeração da madeira são fatores importantes na determinação desses microorganismos que estão aptos a colonizar e decompor a árvore. Além desses fatores, existem outros que podem levar a morte das árvores como o peso da copa, tensões de crescimento e a ação do vento. Quando a árvore não suporta essas tensões, ela se rompe.

Brazolin ofereceu aos técnicos informações importantes a serem utilizadas no momento de avaliar uma árvore e na tomada de decisão sobre qual o manejo adequado, quais sejam, a poda, a remoção, ou outras intervenções para a sua conservação, como a abertura de canteiros, a retirada de muretas entre outras. Segundo o pesquisador a prevenção, muitas vezes pode ser observada na parte externa do da árvore que pode apresentar sinais na casca e acrescentou que é importante o conhecimento preciso quanto à poda. Uma poda mal feita pode provocar a morte da árvore, porque ela não cicatriza o que pode levar ao apodrecimento.

O palestrante elaborou um roteiro para orientar os responsáveis pelo manejo das espécies a conhecer os problemas e prioridades que auxiliarão os engenheiros a identificar quais as árvores que necessitam de maiores cuidados. Também ressaltou os pontos que devem ser observados durante a vistoria, as principais causas de rupturas das árvores, como por exemplo, por flexão, os sinais estão presentes na casca; por cisalhamento, causada por rachamento na superfície e por tensões transversais; fraturas nas bifurcações comprimidas. Em casos de alta necessidade, o pesquisador ressalta a importância de providências imediatas.