Prefeitura inaugura maior Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde da América Latina em autoclaves

Nova central localizada em Perus tem capacidade de processamento de 2 mil toneladas por mês

 O vice-prefeito e Secretário de Prefeituras Regionais, Bruno Covas, participou nesta segunda-feira (8/5) da inauguração da Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (CTRSS) Marcus Silva Araujo, localizada em Perus, na zona Norte de São Paulo.

A obra é realizada pela Secretaria das Prefeituras Regionais, por meio da AMLURB (Autoridade Municipal Limpeza Urbana) e em parceria com a Loga - Logística Ambiental de São Paulo S.A., concessionária responsável pela coleta de resíduos domiciliar e de saúde do agrupamento Noroeste de São Paulo, onde há mais de 16 mil estabelecimentos cadastrados. Com sete autoclaves e capacidade para recebimento de 2 mil toneladas de resíduos de saúde por mês, a CTRSS recebe material de mais de 14.000 estabelecimentos de saúde (grupos A e E, exceto A2 e A3), oriundos tanto de pequenos geradores, como farmácias, clínicas, veterinários e laboratórios, quanto de grandes hospitais do agrupamento Noroeste de São Paulo, os chamados grandes geradores de resíduos de saúde.

“Locais como este são de extrema importância para a destinação correta de resíduos na cidade”, afirmou Bruno Covas. Com investimento de cerca de R$ 35 milhões, a CTRSS está localizada em uma área do Aterro Bandeirantes, desativado em 2007. Sua instalação gerou empregos para a população do entorno, sendo que 70% dos colaboradores da central são da região.

Essa é a segunda unidade de tratamento de resíduos de serviços de saúde da cidade, sendo a primeira inaugurada no final de 2015 pela EcoUrbis e localizada em Itaquera. Juntas, as centrais têm capacidade para processar, em média, 120 toneladas de resíduos de saúde por dia.

Processo de tratamento dos resíduos na nova central

Os resíduos são submetidos a tratamento térmico, por meio de equipamentos de autoclaves. Nesse processo de tratamento, há a combinação de quatro variáveis: a temperatura, a pressão, o tempo de residência ou tratamento, além do contato ou penetração do vapor na massa de resíduo. Assim, o material contaminado é exposto ao calor (temperatura de até 150ºC) e umidade à alta pressão por um período de tempo suficiente para eliminar os microrganismos patógenos e reduzir a carga microbiana presente nesse tipo de resíduo. A tecnologia de tratamento por autoclave assegura altos níveis de inativação microbiana (nível III), estabelecidos pela legislação brasileira e, também, internacionalmente reconhecidos. Ou seja, o material é descontaminado, descaracterizado, triturado e encaminhado a um aterro. Essa forma de tratamento reduz o volume de resíduos, o que contribui para vida útil dos aterros.

O processo operacional é dividido nas seguintes etapas:

1 - Recebimento e armazenamento temporário dos resíduos;
2 - Carregamento e pesagem dos resíduos;
3 - Tratamento térmico por autoclavagem;
4 - Descaracterização dos resíduos por trituração;
5 - Acondicionamento e transporte para a destinação final.

Resíduos recebidos na CTRSS
A CTRSS irá receber e tratar os resíduos de serviços de saúde dos grupos A e E, de acordo com a Resolução Conama 358/2005. Demais grupos possuem coleta e tratamento específicos.