Zeladores de Praças cuidam de mais de quarenta logradouros de M’Boi Mirim

Desde outubro do ano passado, quarenta e uma praças da região de M’Boi Mirim estão sendo atendidas pelo projeto Zeladores de Praças. Instituído a partir de uma parceria entre as secretarias municipais de Coordenação das Subprefeituras, do Trabalho e do Verde e Meio Ambiente, o projeto tem o objetivo de manter a limpeza cotidiana, preservar a vegetação, fazer manutenção e pequenos reparos e melhorar o visual paisagístico para garantir aos moradores do entorno boas condições de uso das praças públicas.

Implantado em agosto do ano passado, o projeto é resultado de uma pesquisa realizada pela prefeitura de São Paulo que identificou que a falta de uma zeladoria permanente nas áreas públicas afastava os moradores e, consequentemente, propiciava a depredação dos equipamentos.

Além de garantir a limpeza nas praças, o projeto também visa a qualificação profissional do trabalhador, favorecendo sua reinserção no mercado de trabalho. Os zeladores são trabalhadores desempregados, pertencentes a família de baixa renda e residentes nas proximidades das praças onde exercem suas atividades. Eles são preparados com um curso de capacitação de jardinagem que tem duração de 80 horas/aula. Supervisionados pela Subprefeitura, trabalham das 8 às 13 horas, de segunda a sexta feira e recebem um auxílio mensal de R$ 435,75, pago pelo Programa Operação Trabalho, da Secretaria Municipal do Trabalho.

Juciara Justino de Oliveira e Gilberto Fidelis de Souza são dois dos 33 zeladores que cuidam das praças de M’Boi Mirim. Com dois filhos - um de 6, outro de 4 anos - o casal, antes de ingressar no projeto, estava desempregado. Ela era doméstica, ele, auxiliar de limpeza. Há cinco meses são responsáveis pela conservação de duas praças do Parque Santo Antonio. Mesmo com o salário um pouco abaixo do que recebia no último emprego, Gilberto se diz satisfeito no novo trabalho. “Está sendo bem mais vantajoso. A gente trabalha perto de casa e o resultado é prazeroso”. O casal conta que no primeiro dia de trabalho, tiraram seis sacos de lixo e foi preciso um caminhão para levar entulhos, sofás e outros objetos retirados da praça. Atualmente, costumam tirar apenas 1 saco de lixo por dia. “As pessoas estão se acostumando com a limpeza e aprendendo a respeitar o nosso trabalho”, conta Juciara.

O senhor Manoel Alves de Souza, morador do bairro há 34 anos, é testemunha do trabalho desses zeladores. “Antes, a praça tinha muito mato e as pessoas jogavam até animais mortos. Depois que eles começaram a cuidar, o lugar ficou muito bom. Agora a praça é limpa e iluminada”, comemora.

A Subprefeitura pretende ampliar o projeto para outras praças da região.