Torre do Relógio do Terminal Lapa passou por intervenção artística

No local, foi esculpido um animal bicho preguiça feito a partir de materiais recicláveis

Realizada na última segunda-feira, dia 21, as intervenções artísticas na Torre do Relógio da Praça Miguel Dell’erba, junto ao Terminal de Ônibus da Lapa. Durante todo o dia o artista português Artur Bordalo, que é neto do pintor Bordalo e ex-aluno da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, esteve no local realizando seu trabalho, em pequenas esculturas feitas a partir de material reciclável. O resultado final do trabalho, que teve ampla cobertura da mídia, foi a belíssima figura de um animal bicho preguiça.

Bordado II, como é conhecido no mundo das artes, transforma vários tipos de resíduos em arte. No trabalho realizado na Lapa foram utilizados partes de carros, metais, plásticos e outros itens que iriam para o lixo, agregando com isso, outro valor à sua obra, que é a questão da sustentabilidade.

Esta é a segunda obra que faz no Brasil. A primeira foi no Rio de Janeiro e as duas serão as únicas que ele fará aqui no nosso país. Após acompanhar a visita do prefeito Bruno Covas, ao Mercado Municipal da Lapa e as obras viárias e de drenagem, que estão sendo feitas no seu entorno, o prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes, fez questão de passar no local onde o artista fazia seu trabalho e conferir como estava ficando a arte, que embelezará um dos pontos de maior circulação de pessoas no bairro.

“Bordado é internacionalmente reconhecido e seu trabalho passa um mensagem única de preservação e cuidado com o meio ambiente e os animais. É uma honra receber esta intervenção no território da Prefeitura Regional da Lapa”, elogiou.

Mais sobre o artista:
Bordalo II, como é conhecido no mundo das artes, é natural de Lisboa e cria grandes instalações a partir de lixo recolhido nas ruas, que representam animais ou cenas urbanas. Lixo proveniente de fábricas abandonadas, peças em vários tipos de plástico e lixo eletrônico são os materiais que mais gosta de usar nas suas composições. As peças grandes são soldadas a um suporte, as menores coladas, usando uma técnica mista. Com as suas obras pretende chamar a atenção para as problemáticas do consumismo exagerado e dos desperdícios fruto do mesmo. A sua arte é tridimensional, carregada de vida, de cor e movimento. Se os seus primeiros grafites e instalações eram feitas clandestinamente, hoje a maioria das obras é executada por convite.