Mais de 70 pessoas estiveram no Espaço Multiuso da Prefeitura Regional da Capela do Socorro no dia 18 de julho de 2018, uma quarta-feira. Nem por ser de noite – o encontro começou às 19h30 –, os munícipes deixaram de comparecer, todos com um grande objetivo: discutir as prioridades da região para eventual inclusão no Orçamento Anual da Prefeitura de 2019.
O prefeito regional João Batista de Santiago abriu o encontro dizendo que a região tem uma série de reivindicações, nem todas possíveis de resolver com facilidade. Mas observou que é dessas reuniões que saem propostas que podem beneficiar a todos, desde que devidamente encaminhadas. Em seguida ao prefeito regional, falou o representante da Secretaria Municipal da Fazenda, Danilo, que explicou como funcionam as Audiências:
Segundo Danilo, essas audiências dão as diretrizes para os gastos do ano seguinte, entendendo quais são as reais necessidades de cada região. O que é discutido nas audiências será encaminhado para as secretarias competentes.
As audiências públicas acontecem neste mês nas 32 Prefeituras Regionais. Concluída essa fase, é elaborada a proposta orçamentária que será encaminhada a Câmara Municipal para audiências, discussão e aprovação. Por fim, a proposta volta a Prefeitura para sanção do Prefeito da Cidade de São Paulo.
Na Audiência Pública de Capela do Socorro para discutir a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA), todos estavam bem interessados, tanto que mais de 20 pessoas inscreveram-se para falar e apresentar suas reivindicações. A questão mais importante – em função do número de propostas – permanece a de sempre: a regularização fundiária de terrenos na região.
"A regularização fundiária é básica para quem mora aqui. Quem não tem em ordem a sua casa, o seu terreno, preocupa-se o tempo todo", disse Zico Pereira, do Movimento Urbano Cidade Saudável.
Ele também indicou problemas na área de saúde – reivindicação igualmente objeto de preocupação de muitos dos que discursaram levantando propostas. Caso de Avelino Soares, do Sítio Jabuticabeiras, que reclamou de UBSs com atendimento precário. E de Nelly, que falou das UBSs sem manutenção. Segundo ela, não adianta construir mais unidades se não há pessoal habilitado.
A educação esteve na preocupação de vários outros munícipes. Francisco Antonio reivindicou mais unidades em seu bairro, o Cantinho do Céu: "São mais de 70 mil habitantes, e temos crianças fora da escola". Lembra o senhor Francisco que há grande demanda por educação infantil.
René complementou o tema lembrando que, no Jardim Ellus, Shangrilá e Jardim Noronha, estima-se que há 500 crianças (7 a 14 anos) fora da escola. Marilene, do Distrito Socorro, apontou que as escolas da região, embora suficientes, precisam de reforma.
Houve reivindicações, ainda sobre Habitação: "Faltam projetos", disse Marilene, que também pediu a implantação de uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial) para completar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Veleiros. Manifestaram-se moradores de todos os cantos da Capela do Socorro.
Ao encerrar a Audiência, o prefeito regional Santiago notou que a Prefeitura tem procurando formas de melhorar o atendimento aos moradores. Mas lembrou que em uma região que tem cerca de 700 mil habitantes – do porte de uma cidade de média para grande – as questões são mesmo prementes, mas difíceis de resolver em tempo hábil.
A mesa diretora da Audiência: Andélcio (Finanças da Regional), Danilo (Secretaria da Fazenda),
Santiago (prefeito regional) e Abner (Chefe de Gabinete da Regional).
Moradores de Capela do Socorro interessados nas propostas para o Orçamento: mais de 70 pessoas.
Nelly, líder comunitária: UBSs precisam melhor manutenção.
René: no Jardim Ellus, Shangrilá e Jardim Noronha, 500 crianças fora da escola.
Prefeito regional Santiago: à procura de formas de melhorar o atendimento aos moradores.