Casa do Regente Feijó, remanescente da arquitetura bandeirista

Construída em taipa de pilão na região de Aricanduva, a casa foi tombada pelo Condephaat. Ela serviu de refúgio aos reveses políticos sofridos por Feijó, que mudou o nome do antigo Sítio Capão do Tatuapé para Paraíso.

Tombada pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP, a casa conhecida como do Regente Feijó, no Jardim Anália Franco, é um importante remanescente da arquitetura conhecida como bandeirista, construída em taipa de pilão.

Documentos cartoriais pesquisados revelaram várias transmissões de posse ao longo dos séculos, em sucessivas ações de compra e venda, transmissão por herança e desmembramentos, datando o primeiro registro de 1698. Contudo, o imóvel ficou associado à figura do Padre Feijó, talvez seu mais ilustre proprietário e morador, que ali viveu durante quatorze anos, a partir de 1827.

Diogo Antonio Feijó (São Paulo, 1784 - 1843), filho de pais desconhecidos foi educado por um religioso, tornando-se ele próprio sacerdote. Foi deputado da Assembléia Geral da Província de São Paulo, Ministro da Justiça e Regente do Império.

O local aprazível, em meio a árvores seculares, transformou-se em recolhimento e refúgio aos reveses políticos sofridos por Feijó, que mudou o nome do antigo Sitio Capão do Tatuapé para “Paraíso”. No decorrer do século XIX, a planta original da casa bandeirista foi modificada. Foi ela acrescida de mais um andar, transformando-se num sobrado do tipo chalé, e o alpendre frontal foi fechado.

Em 1911, foi vendida à Associação Feminina Beneficente e Instrutiva - Lar Anália Franco. Anália Franco idealizou a transformação das edificações do sítio em recolhimento para menores abandonados. A partir de então passou por uma série de intervenções, tanto na casa sede quanto nos anexos existentes, recebendo desta forma acréscimos em alvenaria de tijolos.


Fonte: Departamento do Patrimônio Histórico (DPH)