Sites de e-commerce não estão preparados para receber pessoas com deficiência

Pesquisa do Movimento Web para todos foi lançada nesta terça, 27, no Campus São Paulo do Google. Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, participou do evento.

Nesta terça-feira, 27, foi lançada a pesquisa “As principais barreiras de acesso em sites do e-commerce brasileiro – 2º Estudo de Acessibilidade em Sites” no auditório do Campus São Paulo - A Google Space pelo Movimento Web para todos e Ceweb.br com o apoio do W3C Brasil. O Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, participou do evento. De acordo com o resultado, sites de e-commerce não estão preparados para receber pessoas com deficiência.

O Movimento Web para todos promoveu o estudo para identificar as barreiras de acesso nos principais sites de comércio eletrônico do Brasil. O resultado mostra que nem todas as pessoas conseguiram executar todas as tarefas para concluir uma compra em websites de comércio eletrônico.

“Queremos participar dessa expansão ajudando as lojas virtuais a pensarem de maneira inclusiva, a se adequarem à legislação e a receberem os milhões de consumidores que estão, hoje, esquecidos”, disse Simone Freire, idealizadora do Movimento Web para Todos.

“Nosso intuito com essa parceria é fazer com que a web seja, de fato, o ambiente democrático e inclusivo a que se propôs desde o início. Por isso, não só estudamos as barreiras de acesso, mas, principalmente, mostramos como quebrá-las e excluí-las”, ressaltou Vagner Diniz, gerente geral do W3C Brasil e do Ceweb.br/NIC.br. 
 

 No palco, sentados: o gerente geral do W3C Brasil Vagner Diniz, a pesquisadora em telecomunicações do IDEC Bárbara Prado Simão, o vice-presidente da Organização Internacional de Cegos do Brasil e assessor de acessibilidade da Laramara Beto Pereira e o secretário-executivo da Câmara e-Net Fernando Ricci. A intérprete de Libras está do lado esquerdo do palco. Um telão com o logo do Movimento Web para todos - construa com a gente uma internet inclusiva.

Secretário Cid Torquato com convidados do evento. Todos seguram uma placa com a descrição: "Internet Inclusiva".

Secretário Cid Torquato com Sidney Tobias da Prodam e Fabíola Calixto da SMPED.


As barreiras encontradas, de acordo com o estudo: 

  • Descrição de imagens incompletas, incompreensíveis ou inexistentes;
  • Dificuldade de identificar o foco ao navegar por teclado;
  • Hierarquia de cabeçalhos não está correta;
  • Falta de opção de conteúdo em LIBRAS ou avatar de tradução automática;
  • Acesso ao suporte (link, chat ou telefone) não foi encontrado de forma simples;
  • Os dados da empresa (nome, CNPJ e endereço) não estão destacados;
  • Com zoom de 200%, os sites se desconfiguram;
  • Menu do site não preparado para leitores de tela, simulador de dificuldade motora e navegação por teclado;
  • Campo de busca e filtros dos sites não funcionam normalmente com leitores de tela e navegação por teclado;
  • As opções de compra e desconto, valor e informações de pagamento não estão claras;
  • Dificuldade de alterar itens que já estão no carrinho;
  • Falhas em botões ou nos textos dificultam o preenchimento de todos os dados do formulário.

Para mais informações do resultado, acesse: "As principais barreiras de acesso em sites do e-commerce brasileiro"  e "Sites de e-commerce não estão preparados para receber pessoas com deficiência"