ContrataSP: Feira disponibilizou mais de 750 vagas de emprego para pessoas com deficiência na sexta-feira

2ª edição do evento foi focada em profissionais que residem na zona leste de São Paulo

Moradores da zona leste tiveram prioridade na 2ª edição do “ContrataSP”, evento de fortalecimento das políticas de empregabilidade para pessoas com deficiência, realizado no dia 24 de novembro, na Prefeitura Regional de São Miguel Paulista. Dessa vez, mais de 750 vagas de trabalho estavam disponíveis em diversas áreas – como administração, enfermagem, vendas e limpeza.

 

Equipe do CATe atende participantes



O “ContrataSP” integra o Programa de Inclusão Econômica (PRIEC), lançado pela Prefeitura de São Paulo em setembro deste ano com o objetivo de inserir públicos vulneráveis no mercado de trabalho ou no empreendedorismo. É uma parceria entre as secretarias municipais da Pessoa com Deficiência (SMPED) e de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE) realizada para aproximar profissionais com deficiência ou reabilitados do INSS das oportunidades de emprego existentes na região onde eles moram. Assim, o deslocamento da residência até o local de trabalho se torna mais fácil e a qualidade de vida do trabalhador aumenta.

Além das inscrições para vagas de emprego ofertadas por empresas e parceiros, os participantes do evento esclareceram dúvidas sobre o bilhete único especial e benefícios previdenciários, cadastro para cursos de qualificação profissional, além de emissão da carteira de trabalho.

O secretário municipal da Pessoa com Deficiência ressalta a importância do exercício de alguma atividade econômica na vida dessa parcela da sociedade. “Conquistar um espaço no mercado de trabalho ou empreender é fundamental para que as pessoas com deficiência vivam dignamente e supram necessidades básicas inerentes a todo ser humano”, declara. De acordo com o IBGE-2010, na cidade de São Paulo há quase 2,8 milhões de pessoas com deficiência. Dentre elas, 500 mil fazem parte da População Economicamente Ativa e apenas 39 mil (8%) estão empregadas. “Além da falta de acessibilidade, a maior barreira continua sendo a atitudinal, isto é, o preconceito que quase sempre é fruto da falta de informação e de convivência”, afirma a secretária-adjunta da SMPED Marinalva Cruz, que tem mais de 15 anos de experiência em políticas de empregabilidade. Ela aponta a necessidade da mudança de conceitos daqueles que comandam as empresas e de “entender que todas as vagas devem ser para todas as pessoas, ou seja, não existem vagas para ‘deficiência’, mas sim para profissionais que, independente do tipo de deficiência, têm seu talento”.

As empresas que possuem a partir de 100 funcionários devem reservar de 2% a 5% de seus postos de trabalho para as pessoas com deficiência, conforme determina a Lei de Cotas (8.213/91). Já o artigo 34 da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) assegura o direito ao trabalho às pessoas com deficiência, em ambiente acessível e inclusivo, com as mesmas oportunidades oferecidas aos demais trabalhadores.