Futuro do esporte: Mais de 900 jovens participam das Paralimpíadas Escolares 2016

Com três dias de competições, a delegação de São Paulo vence com o maior número de medalhas em oito modalidades

Dos dias 22 a 25 de novembro foram realizadas as Paralimpíadas Escolares 2016, no Centro de Treinamento Paralímpico, na rodovia dos Imigrantes em São Paulo. O espaço, inaugurado em maio deste ano, recebeu mais de 900 paratletas de 24 estados brasileiros que disputaram medalhas em oito modalidades: atletismo, bocha, futebol de 7, goalball, judô, natação, tênis de mesa e tênis de mesa em cadeira de rodas. O evento teve apoio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED).

A comissão técnica que participou do evento mostrou muita animação com o desempenho apresentado pelos dos jovens de 12 a 17 anos: “A Paralimpíadas Escolares é uma referência para encontrar futuros atletas. É uma base para de alto rendimento”, disse técnico o de natação, Ivan Secundo, do estado de Sergipe.

Juan Pablo Fernandes Cruz, 14, é competidor de judô da equipe do Ceará. Ele treina há quatro anos em um Instituto dos Cegos de Fortaleza e falou como iniciou do esporte: “No começo era só pra me divertir, mas a minha professora viu que eu levava jeito e começou a estimular para que eu viesse para competir”, falou o lutador. Cruz já disputou a Copa Internacional de Judô, campeonatos estaduais e nacionais, e ressalta que pretende seguir na carreira esportiva para realizar seu grande sonho de disputar uma paralimpíada no futuro.

E é nesse embalo de que o técnico de Juan, Luciano Moura Bezerra, 47, terapeuta ocupacional, concorda que ficam deslumbrados com a organização, com a possibilidade de competir, de conhecer outros colegas, de se experimentar, se sentir, conhecer os seus limites e ultrapassá-los: “O mais importante entre os alunos é o fato de participarem das competições, nem tanto de ganhar alguma medalha. Iniciativas como as Paralimpíadas são importantíssimas para que a pessoa com deficiência seja vista como membro ativo e participante da sociedade”, esclarece o técnico.

Regiane Pires dos Santos, 39, educadora física que trabalha como técnica de bocha há quatro anos, confessa que as Paralimpíadas são uma casa para quem pretende seguir no esporte: “Para os atletas que querem uma carreira esportiva essa é uma base muito importante. É aqui que eles começam a ter espírito de jogo, começar a ter estratégia e aquele espírito de competição”, comenta a educadora.

O que as professores e alunos participantes mais observaram na edição desse ano foi à organização e a disposição do Centro Paraolímpico. A competidora de tênis de mesa, Iolanda de Almeida Maia, da Escola Riachuelo de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, contou o que achou da Paralimpíadas Escolares 2016: "É meu terceiro ano de competição, e esse ano foi o mais organizado. Foi um dos melhores lugares que a gente poderia competir além da abertura ser muito bacana e inesquecível." finalizou a competidora.

Neste ano, a equipe de São Paulo foi a grande campeã das Paralimpíadas Escolares. O estado tornou-se o maior vencedor do torneio, com quatro títulos. Além da premiação ao time com maior número de medalhas, houve uma homenagem à delegação que mais demonstrou espírito esportivo e animação com o Troféu Confraternização. Por votos de membros das delegações, os atletas de Santa Catarina levaram o prêmio.