A onda cor de rosa do mês de outubro reuniu diversas mulheres com deficiência e cuidadoras no último sábado (22) para realização de exames de mamografia e papanicolau para detecção do câncer de mama e colo do útero no Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo.
A ação integra a 2ª edição da campanha “Outubro Rosa para Mulheres com Deficiência – Reconstruindo a Vida”, organizada pelas Secretarias Municipais da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e Saúde (SMS), em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD-SP).
No total, foram 61 mulheres beneficiadas nos dois dias de ação da campanha. Todas as participantes foram cadastradas durante a Plenária do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, realizada no dia 3 de setembro.
Francisca Albina de Almeida, de 70 anos, que possui deficiência física, participou pelo segundo ano consecutivo da campanha. Dona Francisca, como é conhecida, contou como foi sua evolução na saúde com o Outubro Rosa. “Na primeira edição, eu estava com os exames atrasados e não entendia nada do assunto. Agora, estou muito mais preocupada com a minha saúde, faço avaliação periodicamente e sei tudo sobre o câncer de mama”, falou.
Já Maria Imaculada Cândido, que possui deficiência física, participou pela primeira vez da campanha. Ela elogiou muito o tratamento dos profissionais e da ação: “Este evento é sensacional! A equipe médica é atenciosa e existe um mamógrafo acessível para pessoas com deficiência. Eu que utilizo cadeira de rodas me senti mais confortável no momento do exame”, comentou Maria.
A meta do projeto foi facilitar a realização da mamografia e do papanicolau em mulheres com deficiência e cuidadoras nos equipamento acessíveis para prevenir doenças e também no encaminhamento, quando necessário, para a rede de saúde e posterior tratamento.
A secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Marianne Pinnotti, que também é médica mastologista, explicou que o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e cura da doença. “Muitas mulheres têm receio de fazerem a mamografia, mas as se realizado este exame precocemente, as chances de cura da doença chegam a 90%”, esclareceu Marianne.
Mauridete Bispo da Silva, mãe de pessoa com deficiência, elogiou a ação: “A ideia de pensar também no cuidador é incrível! É um ótimo estimulante ver que têm pessoas pensando em nós, mães cuidadoras, que muitas vezes não temos tempo para nos cuidar”, completou Mauridete.
O encerramento do “Outubro Rosa para Mulheres com Deficiência – Reconstruindo a Vida” acontece no dia 17 de dezembro com a entrega dos resultados dos exames no Hospital do Campo Limpo. Haverá acompanhamento do médico mastologista e todas as mulheres que precisarem de tratamento receberão um encaminhamento.