Discussões sobre mercado de trabalho marcam Plenária de Maio do CMPD-SP

Secretária adjunta da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz, falou sobre a atual situação do mercado de trabalho para a pessoa com deficiência alertando preconceitos e falta de informações

No sábado, dia 6 de maio, foi realizada na Câmara Municipal de São Paulo, a Plenária Mensal do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. A temática do evento foi empregabilidade, em que reuniu instituições, pessoas com deficiência e membros da sociedade civil para discutir a inclusão no mercado de trabalho, bem com a Lei de Cotas.
A abertura do tema foi conduzida pela conselheira Jô Nunes, que apresentou os assuntos a serem abordados ao longo do encontro, bem como a importância do tema: “Emprego traz crescimento a todas as pessoas, e para a pessoa com deficiência não é diferente. Precisamos estimular cada vez mais a diversidade e garantir estes direitos a todas as pessoas”, falou Jô.

A presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo (CMPD-SP), Gersonita Souza agradeceu aos presentes e salientou a importância da participação popular nas Plenárias: “O CMPD-SP luta para garantir o direito de todas as pessoas com deficiência que residam no município, mas para isso precisamos do apoio de todos. Vamos colaborar e participar das discussões para melhorarmos nosso dia a dia, seja em questões de emprego, moradia, educação, entre outras”, falou Gersonita.

A secretária adjunta Municipal da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz, levantou questões como o cenário atual do mercado de trabalho para pessoas com deficiência e os direitos trabalhistas: “Nós sabemos a questão da empregabilidade não é uma realidade para muitos brasileiros. Por isso, precisamos acompanhar e discutir para vislumbrarmos melhorias que constroem uma realidade mais inclusiva”, afirmou a secretária adjunta.
Marinalva orientou como cada pessoa com deficiência deve se atentar ao montar um currículo: “De acordo com o cumprimento da Lei 8.213/91 Art. 93, é importante que na hora de editar um resumo profissional, o indivíduo especifique qual é a sua deficiência para que desta forma o recrutador possa analisar se o candidato tem plena aptidão para desempenhar os requisitos impostos pela vaga.”, explica.

A secretária abre a discussão para as questões relacionadas à pessoa com deficiência intelectual: “Existe uma discriminação muito grande com relação à pessoa com deficiência. Depois da convenção da ONU, junto ao ministério do trabalho, concluiu-se que são necessários alguns requisitos de como inserir as pessoas com esquizofrenia ou com alguma outra questão de doença psíquica no mercado de trabalho. Ainda existe uma falta de atualização em empresas de Recursos Humanos. Quando falamos em deficiência física, é simples, pois ela é visível, mas quando a questão é intelectual, a situação fica mais complexa e o indivíduo sofre preconceito ao quadrado”, concluiu Marinalva Cruz.

Após a explanação dos temas relacionados à empregabilidade, foram divulgados os pontos focais de locais que ofereçam ofertas de trabalho, como o Centro de Apoio ao Emprego e Empreendedorismo (CATe), PADEP, Catho, Deficiente Online e Poupa Tempo, disponibilizados em grande parte na região do centro da cidade.
Em seguida foram abertas as perguntas e respostas aos munícipes. O debate rendeu questões sobre as diferenças na empregabilidade nos municípios, dificuldade de inserção no mercado, bem como falta de políticas que estimulem o trabalho apoiado e inclusivo.