Pragas em Jardins: da prevenção à ação

Destacando a importância da prevenção, o engenheiro agrônomo Mário do Nascimento Júnior orientou de maneira exemplificativa quais ações tomadas contra pragas em jardins.

 Assim como os seres humanos, as plantas também podem ficar doentes. De forma geral, tal situação esta relacionada a fatores da naturais da própria planta e das condições do meio. Por exemplo: as plantas são seres vivos e precisam estar bem nutridas. Solos pouco férteis ou mesmo adubações inadequadas podem criar condições que aumentam o risco do surgimento de pragas.

Realizada no último dia 14 de outubro, a palestra Pragas e Doenças, ministrada pelo engenheiro agrônomo Mário do Nascimento Júnior, apresentou generalidades sobre o tema, direcionando a discussão para ocorrências recorrentes em jardins.

Quem possui um jardim sabe que as pragas podem aparecer muitas vezes de maneira inesperada. Por falta de um conhecimento mais aprofundado, algumas pessoas optam em utilizar produtos com alto risco para a saúde, quando o caso pode ser resolvido com uma simples limpeza da planta. Existem inúmeras formas de controle de pragas em jardins e a escolha envolve uma avaliação caso a caso.

Segundo o engenheiro agrônomo Mário, “é muito importante que as pessoas se preocupem com possíveis impactos oriundos do método de controle escolhido, não somente relacionados à saúde, mas também ao meio ambiente como um todo”.

Utilizados na agricultura convencional, os agrotóxicos são produtos cuja opção para controlar pragas na jardinagem deve ser feita a partir de uma análise técnica e que obedeça a legislação vigente. Tratando-se de produtos perigosos, seu uso inadequado pode trazer muitos malefícios.

Poda de partes das plantas atingidas, a catação manual, utilização de plantas repelentes, preparados à base de vegetais com forte cheiro (como cebola e alho) e borrifados nas plantas, podem ser eficazes no controle de pragas em jardins. É importante lembrar que a escolha do método de controle varia caso a caso.



Em sala de aula foram apresentadas algumas pragas que comumente são encontradas em jardins. A seguir, uma descrição sucinta de algumas delas:

Pulgões
Insetos sugadores encontrados na parte aérea da planta. Ao se alimentarem podem acarretar alterações, como por exemplo, enrolamento das folhas e queda de produção. Em determinadas situações as fêmeas podem reproduzir sem a presença de machos e as crias resultantes já estarem grávidas. Sua multiplicação rápida culmina no aparecimento de dezenas de pulgões em pouco tempo e em diferentes estágios de desenvolvimento.
Podas e limpeza das plantas, assim como aplicação de produtos com efeito inseticida são opções para o controle de pulgões, dependendo da situação.

Cochonilhas
Insetos de tamanhos, formas e cores variados, são encontrados frequentemente em jardins e ao se alimentarem causam alterações, como por exemplo, a diminuição do desenvolvimento e queda na produção.
Para o controle, as mesmas considerações descritas para os pulgões.

Ácaros
Os ácaros são aracnídeos e existem várias espécies que “atacam” plantas. Muito pequenos, é comum encontrá-los em teias por eles produzidos.
O controle pode ser realizado através de podas e aplicação de produtos com efeito acaricida, dependendo do caso.

Mosca Branca
Muitas pessoas “sofrem” com esse pequeno inseto. Devido o seu tamanho e agilidade, voa e desaparece em um piscar de olhos. São sugadores e vetores de doenças em plantas, principalmente em determinadas hortaliças, como o tomate.
O tratamento de jardins com problemas de moscas brancas pode vir a ser complexo e envolver várias ações conjuntas, como podas, aplicações de produtos com efeito inseticida e utilização de plantas repelentes, dentre outras.

Tripes
Pequenos insetos dotados de asas. A região da planta “atacada” pode apresentar alterações de cores e formas, como ocorre com as folhas de algumas figueiras, por exemplo.
O controle na jardinagem pode ser realizado através de podas e aplicações de produtos com efeito inseticida, dependendo do caso.

Lagartas
As lagartas são insetos que causam rotineiramente danos em jardins. É comum encontrarmos lagartas se alimentando de folhas e flores. Algumas são conhecidas como taturanas e quando tocadas acidentalmente podem causar sérios problemas de saúde. Dependendo dos trabalhos realizados em jardins, acidentes como esses podem ser evitados utilizando vestuário e equipamentos de proteção adequados.
Podas, catação (com os devidos cuidados) e aplicação de produtos com efeito inseticidas são alternativas para o controle de lagartas, dependendo do caso.

Lesmas e Caracóis
Moluscos de hábitos noturnos, comumente “atacam” as plantas à noite, permanecendo escondidos durante o dia em locais sombreados e úmidos.
Uma opção para o controle em jardins é o emprego de iscas atrativas, utilizando tomate, melancia, cerveja ou vinho, dentre outras. Ao atraí-los para um mesmo local, facilita a catação, que deve ser feita evitando o contato com a pele.
Tal cuidado é necessário pois alguns desses moluscos podem ser transmissores de doenças.

Formigas Cortadeiras
Com certeza você já viu formigas levando folhas e outras partes de plantas para dentro do formigueiro. Se isso está ocorrendo num jardim pode significar um “ataque” em alguma planta (ou plantas).
Métodos de controle como o uso de produtos com efeito inseticida (por exemplo, iscas) e plantio de vegetação repelente são utilizados, dependendo da situação.


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