Curso: Produção Digital e Feminismo

Por seus direitos, as mulheres tomaram as redes e as ruas. A internet fez as vozes femininas ecoarem. Hoje fala-se na quarta onda do movimento feminista, que entre outras características, usa a Internet e as redes sociais como plataforma de comunicação e de luta.

A proposta deste curso é conhecer um pouco da história do feminismo (e sua vertente ecológica - ecofeminismo), visualizar o cenário atual de como as mulheres são tratadas na nossa sociedade e porque essa luta existe (e como ela cursa para a defesa do meio ambiente). Para dar sequência ao viés de empoderamento, vamos conhecer como se produz conteúdo e interfaces digitais e identificar as diretrizes básicas da produção digital e sobre como as redes sociais têm alterado nosso comportamento e redesenhado novos padrões de relacionamento. Hashtags como #PrimeiroAssédio, #MeuAmigoSecreto viralizaram na rede e contribuíram para um debate sobre feminismo, preconceito, equidade de direitos e muitas outras pautas. A campanha #ChegaDeFiuFiu pôs no centro do debate uma questão que está no dia-a-dia dos centros urbanos e criou um série de demandas e ações.

A quarta onda também diz respeito à mudança do entorno e ao combate do modelo patriarcal. A busca da criação de novos mecanismos e órgãos executivos de políticas públicas, criação de organizações não-governamentais (ONGs), fóruns e redes feministas, entre outras iniciativas. Casos como o da Rede Novos Parques SP e Casa Amarela, conduzidos por mulheres, que uma vez empoderadas, revolucionam as questões relacionadas ao gênero, como também mudam o mundo em que vivem, de forma independente.

Uma visão do feminismo interseccional e periférico, mais o conhecimento das tecnologias envolvidas na produção digital são os componentes para abrir um horizonte de novas possibilidades e saber que lugar de mulher é onde ela quiser.

 

Bibliografia:

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Brasil: Nova Fronteira, 2000.
HOOCKS, Bell. Feminism is for everybody. EUA: South End Press, 2000.
DAVIS, Angela. Mulher, raça e classe. Brasil: Boitempo, 2016.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Brasil: Civilização Brasileira, 2015.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede, Volume 1, A era da Informação: economia, sociedade e cultura. Brasil: Paz e Terra, 2003.
LEVY, Pierre. O que é virtual? Brasil: Editora 34, 1996.
KRUG, Steve. Não me faça pensar. Brasil, Rio de Janeiro: Alta Books, 2008.
Links:
http://biblioteca-feminista.blogspot.com.br/
http://thinkolga.com/minimanual-do-jornalismo-humanizado/
http://super.abril.com.br/comportamento/5-em-cada-6-meninas-acham-que-so-sao-valorizadas-pela-aparencia/
http://blogueirasnegras.org/2015/09/29/feminismo-interseccional-um-conceito-em-construcao/
http://www.geledes.org.br/mortes-de-mulheres-negras-aumentam-54-em-dez-anos/#gs.8n6QH1I
https://www.youtube.com/watch?v=Yc7cTVhVoC4
https://www.youtube.com/watch?v=gMcr0Kiiiis
http://ondda.com/noticias/2016/10/euempregadadomestica-abre-projeto-de-financiamento-coletivo-para-livro
http://www.malala.org/#main/home/

Vagas: 40 (haverá seleção)
Público: todos os interessados no assunto.

Haverá certificado de participação.

Facilitação: Andrea Calvino é jornalista, publicitária, poeta, performer e ativista. Formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela PUC/SP, também cursou Publicidade na FIAM e fez diversos cursos de tecnologia na Impacta. Iniciou sua carreira como telejornalista e atuou na TV Bandeirantes, SporTV, entre outras. Logo no início da internet comercial no Brasil, começou a produzir conteúdo para o mundo virtual. Atendeu marcas como Ford, McDonald’s, Coca-Cola, Vivo, Claro, Nokia, Motorola e muitas mais em agências de publicidade nacionais e multinacionais, como Ogilvy e Wunderman. Desenvolveu projetos digitais nacionais e internacionais como sistemas, redes sociais, sites, campanhas de e-mail e de mídia. Atua em várias frentes da produção digital e se especializou em UX Design, design de experiência. Sobre esse assunto escreveu um manual para a Unimed desenvolver softwares para a área da saúde. Atualmente, mantém um projeto feminista de inclusão digital na periferia da zona norte de São Paulo com o apoio do prêmio Vai TEC da Prefeitura de São Paulo, a Inclusiva Cultural.
Coordenação: Ricardo Fraga Oliveira.

Dia: 8 de abril de 2017, sábado
Horário: das 10h às 14h
Local: Parque Jardim da Luz (Casa de Chá)
Endereço: Praça da Luz, s/n.

Inscrições encerradas.

Qualquer alteração na atividade será informada via e-mail aos inscritos.


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Como chegar no Parque Jardim da Luz: