Metodologias Integrativas em Educação Ambiental - Curso Introdutório

 

O Programa Metodologias Integrativas oferece o curso introdutório que será realizado em sua primeira edição em 2017 em 9 aulas, março e abril, às quintas-feiras, das 9 às 12h – 27h total. Coordenado por Estela Gomes e facilitado pelos educadores: Adriano Galhardo, Eliane Bosio, Estela Gomes, Lia Salomão, Lourdes Diniz, Márcia Barbosa Correa, Márcia Amélia Moura, Maricy Montenegro, Mirian M. Okada, Suely F. Bassi, Tania Maria Rosa e convidadas Jeni Rodrigues Queiroz e Maria Cristina Leite.

As Metodologias Integrativas - MI - compõem um dos programas da UMAPAZ Formação e partem do pressuposto de que os processos de Educação Ambiental e do cultivo dos valores da Cultura de Paz se encontram nas dimensões subjetiva e intersubjetiva da vida. Compreendidas pelas abordagens, métodos e técnicas que buscam integrar/recompor as dimensões corporal, mental, emocional e espiritual do ser humano tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo, fortalecendo a participação e cooperação entre os indivíduos e construção de coletivos, as MI trabalham o corpo e o intelecto, a arte e a sensibilidade, o diálogo e a escuta ativa na direção da construção de uma sociedade mais equânime e sustentável.

O curso introdutório visa realizar um passeio pelas metodologias utilizadas na UMAPAZ fortalecendo as práticas pedagógicas em Educação Ambiental a partir das experiências teórico-práticas dos profissionais que atuam há onze anos na UMAPAZ Formação. Um primeiro contato que pode inspirar um longo caminho de aprofundamento através de uma grande oferta de cursos, oficinas e atividades em cada uma das áreas propostas num percurso de livre aprendizagem feito pelo próprio participante na UMAPAZ.

Vagas: 40 (haverá seleção)

Público focalizado: educadores da rede pública ou particular e profissionais que atuam na área da Educação Ambiental.

Cronograma:

2/março: Metodologias Integrativas na Educação Ambiental com Estela Gomes e Lia Salomão: pensando no desafio da Educação Ambiental de transformação da relação entre Homem e Meio, refletiremos como as MI, que tem como foco a formação de coletivos, identificação e incorporação do outro e o estímulo à ação, nos ajudam a traçar um caminho para sociedades sustentáveis. Refletiremos também sobre as dimensões subjetiva e intersubjetiva da Educação Ambiental buscando ampliar as perspectivas de aprendizado, vivenciar valores, exercitar a cooperação, compartilhar significados e pensar ações na direção da sustentabilidade em todos os desafios em que a atualidade se apresenta.

9/março: Diálogo com Márcia Amélia Moura: reflexão sobre o Diálogo na visão de David Bohm que, mais que uma metodologia, propõe uma postura dialógica perante o mundo. Serão apresentados seus principais objetivos, sua ética e as condições para que ele aconteça. Estimularemos a busca de um território compartilhado e de escuta, através de vivências em círculo, sem que sejam necessárias concordâncias, discordâncias, análises ou juízo de valor. O Diálogo visa melhorar a comunicação e observar o processo do pensamento coletivo. É uma forma de fazer circular sentidos e significados, produzir ideias novas, abrindo questões, identificando e observando os pressupostos.

16/março: Danças Circulares com Estela Gomes: prática integrativa de dança em grupo com passos tradicionais e contemporâneos dos povos, baseada no trabalho desenvolvido pelo alemão Bernhard Wosien. Trabalha a presença no aqui e agora, o reconhecimento e respeito pelas diversas culturas, a celebração dos processos da vida, a cooperação, o pertencimento, o cultivo dos valores, a afetividade e a alegria. No círculo nos conscientizamos de nosso papel no grupo para transformarmos nossa relação conosco, com o outro e com toda a comunidade de vida.

23/março: Olhar e o desenho da natureza com Maricy Montenegro e Lourdes Diniz: vivência de desenho com o intuito de desenvolver o sentido de preservação da natureza em sua biodiversidade através do cultivo da relação amorosa do homem com a natureza. A partir da teoria dos hemisférios cerebrais serão realizados exercícios de desenvolvimento do olhar na observação de árvores e plantas do Parque Ibirapuera.

30/março: A pintura com elementos da natureza com Tania Maria Rosa e Eliane Bosio: utilizar elementos da natureza encontrada no Parque Ibirapuera como folhas, sementes e galhos e realizar produções de pintura em tecido e papel. Exercício de criatividade e sensibilidade no uso das formas, cores e texturas diversas inspiradas nos elementos naturais, no reaproveitamento dos materiais e cultivo da relação afetiva do ser com o meio ambiente.

6/abril: Tai Chi e Meditação com Suely F. Bassi, Jeni Rodrigues Queiroz e Maria Cristina Leite: propõe articular o Tai Chi Pai Lin como prática milenar de união e equilíbrio do homem com a Natureza, com os temas de Educação Ambiental e os valores da Cultura de Paz. O ponto inicial da aprendizagem é o autoconhecimento, percepção de capacidades, potencialidades e limites, e assim incorporar bem estar consigo e com o meio. É uma forma de observarmos o ambiente a partir de uma perspectiva interna, de cuidado e percepção de equilíbrios e desequilíbrios que podemos aprimorar a todo o momento.

13/abril: Arte narrativa e as Bonecas Abayomi com Maricy Montenegro, Lourdes Diniz, Tania Maria Rosa e Eliane Bosio: a arte narrativa existe desde tempos imemoriais para recontar a vida das comunidades, resgatar valores, exercitar o respeito e acordar os sonhos. O valor da contação através da história e confecção das bonecas abayomi de origem africana feitas com retalhos de tecidos e as mãos resgata gostos pessoais, cultura familiar, cultura local e promove interação social.

20/abril: Aventura Ambiental com equipe coordenada com Márcia Barbosa Correa: visita monitorada no Parque Ibirapuera que aborda o histórico da região, curiosidades sobre a flora a fauna que habitam atualmente o Parque e alguns dos impactos ambientais que causamos na natureza. Busca sensibilizar os participantes para enfrentar os desafios socioambientais do cotidiano por meio da observação da natureza e do diálogo a partir de dinâmicas interativas.

27/abril: World Café e encerramento com Marcia Amélia Moura, Mirian M. Okada, Adriano Galhardo e equipe do curso: dinâmica participativa que trabalha a diversidade e complexidade no grupo a partir do diálogo, circulação de ideias, construção de saberes, fazendo emergir a sabedoria do coletivo para encerrar o percurso realizado nos 9 encontros.
 

Bibliografia:

ASSOCIAÇÃO TAI CHI PAI LIN, Saúde Longevidade Caderno 1, 5. Ed. São Paulo, 2003.
ASSOCIAÇÃO TAI CHI PAI LIN, Saúde Longevidade Caderno 2, 1. Ed. São Paulo, 2013.
BARTON, A. Danças Circulares: o Caminho Sagrado. São Paulo, TRIOM, 2006. (Edição bilíngue português e inglês).
BASSI, Suely Feldman. Educação Ambiental com Tai Chi na UMAPAZ in Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ, SVMA/UMAPAZ, 2012, p.181-190, disponível em
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/publicacoes_svma/index.php?p=49040
BERNARDO, P. P. A Prática da Arteterapia: correlações entre temas e recursos. Vol.1, 2 e 3. 2008,2009,2010. Ed. do Autor, SP.
BOHM, D. Diálogo: comunicação e redes de convivência/ (editado por Lee Nichol); Tradução Humberto Mariotti. São Paulo, Palas Athena, 2005.
DUBNER, D. O poder da Dança Circular – terapêutico e integrativo. Itu, Ottoni Editora, 2015.
EDWARDS, B. Desenhando com o lado direito do cérebro. 2ª edição. Ediouro – Singular.
GIANNELLA, V. e MOURA, M.S. Gestão em rede e metodologias não convencionais para a gestão social. Coleção Roteiros Gestão Social, v.2. Salvador: CIAGS/UFBA, 2009.
GIANNELLA; ARAÚJO, Edgilson Tavares de; OLIVEIRA NETA, Vivina Machado de. As Metodologias Integrativas como caminho na ampliação da esfera pública. In: SCHOMMER, Paula Chies; BOULLOSA, Rosana de Freitas. (Org.). Gestão Social 106 Metodologias Integrativas. Tecendo Saberes e Ampliando a Compreensão como Caminho para a Redefinição da Esfera Pública. Florianópolis: Editora UDESC, 2011.
GOMES, Estela M.G.P. Danças Circulares como metodologia integrativa in Aprendizagem socioambiental em livre percurso: a experiência da UMAPAZ, SVMA/UMAPAZ, 2012, p.181-190, disponível em
GUNTHER, B. Sensibilidade e relaxamento. Ed. Brasiliense, 5ª edição, 1981, SP.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/publicacoes_svma/index.php?p=49040
JUANITA, B.; ISAACS, D.; et. al. O world café: dando forma ao nosso futuro por meio de conversações significativas e estratégicas. São Paulo, Cultrix, 2007.
OSTETTO. L,E. Danças Circulares na formação de professores – a inteireza de ser na roda. Florianópolis: Letras contemporâneas, 2014.
PHILIPPI JR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação ambiental em diferentes espaços. Editora Apema Signus, 2007.
SANTOS, Boaventura de Sousa (2005). Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: civilização brasileira.
SILVEIRA, N. - Imagens do Inconsciente – Alhambra, 1981. RJ.
TRISTÃO, Martha. Tecendo os fios da educação ambiental: o subjetivo e o coletivo, o pensado e o vivido. In revista Educação e Pesquisa volume 3, n. 2 p. 251-264, 2005.
WOSIEN, B. Dança: Um Caminho para a Totalidade. São Paulo, TRIOM, 2006.

Facilitadores:

ADRIANO GALHARDO PEDROSO - Pedagogo com pós-graduação em Gestão de Pessoas, Psicopedagogia, Ecologia-Arte-Sustentabilidade, Transdisciplinaridade em Educação e Cultura de Paz; Focalizador em Danças Circulares Sagradas e em Jogos Cooperativos; Designer em Sustentabilidade pelo Programa Gaia Education. Docente e Coordenador de Projetos da Divisão de Formação da UMAPAZ/SP.
ESTELA MARIA GUIDI PEREIRA GOMES - Fonoaudióloga, Focalizadora de Danças Circulares, Coordenadora do Programa Metodologias Integrativas da UMAPAZ. Especialização em Educação em Saúde Pública e Antropologia da Saúde. Designer em sustentabilidade pelo Programa Gaia Education. Formação no Treinamento Internacional da Academy for Movement & Awareness - Método Harmonia de Nanni Kloke.
ELIANE TEREZINHA DOS SANTOS BOSIO - Professora de Artes Industriais (PUCRS), Artes Plásticas (UFRGS), Especialização em Arteterapia e Oficinas Pedagógicas na Educação Especial.
Atua há quatro anos na UMAPAZ como coordenadora e facilitadora em Educação Ambiental e Cultura de Paz.
LIA SALOMÃO - Geógrafa especialista em sustentabilidade há nove anos na UMAPAZ trabalhando na articulação, facilitação e coordenação de projetos de Educação Ambiental que visam impulsionar transformações socioambientais para uma cidade mais Sustentável e Educadora. Atualmente coordena o Programa Carta da Terra em Ação.
MÁRCIA AMÉLIA MOURA - Psicóloga, Educadora Ambiental, Especialização em Ecologia, Arte e Sustentabilidade e designer em sustentabilidade pelo Programa Gaia Education. Coordenadora e Facilitadora do Projeto: A Prática do Diálogo para o Fortalecimento das Redes de Convivência na UMAPAZ.
MÁRCIA BARBOSA CORRÊA - Fonoaudióloga graduada pela PUC/SP, Pós-graduação em Educação Ambiental pela USP, Coordenadora do Programa Educação e Natureza e do Projeto Aventura Ambiental da UMAPAZ.
MARIA DE LOURDES DINIZ - Professora de Artes Plásticas e Educação Artística pelas Faculdades FIAM e Belas Artes de São Paulo; Especialização em Ecologia, Arte e Sustentabilidade – UNESP/UMAPAZ e designer em sustentabilidade pelo Programa Gaia Education.
MARICY MONTENEGRO - Fonoaudióloga, Arte educadora, Master Practitioner em Programação Neurolinguística, com Especialização em Ecologia, Arte e Sustentabilidade. Educadora da UMAPAZ, contando com 30 anos de experiência no trabalho com grupos para o desenvolvimento da comunicação, expressão oral, corporal, plástica, escrita e da criatividade.
MIRIAN MAYUMI OKADA - Assistente Social com Especialização em Saúde Pública e Educação Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública/USP. Formação em Danças Circulares. Coordenação do Programa Meio Ambiente e Saúde - Divisão de Formação da UMAPAZ.
SUELY FELDMAN BASSI – Psicóloga e Nutricionista, com especialização em Ecologia, Arte e Sustentabilidade, designer em sustentabilidade pelo Programa Gaia Education e Carta da Terra em Ação. Coordenadora do Programa Meio Ambiente e Saúde na UMAPAZ e instrutora de Tai Chi Pai Lin.
TANIA MARIA DOS SANTOS SOUZA ROSA - Formada em Química, educadora ambiental da UMAPAZ Formação, atua em escolas e outros órgãos municipais com oficinas de arte-educação inseridas nos Programas Metodologias Integrativas e Educação e Natureza.


Material disponível para download:

YPY-RA-OUÊRA (Considerações sobre o Parque Ibirapuera)
https://drive.google.com/file/d/0B4RqP4cac38qTkZGZGo4T0FMSVE/view

Aprendizagem socioambiental em livre percurso. A experiência da UMAPAZ.
https://issuu.com/deaumapaz/docs/livro_-_aprendizagem_socioambienta_

Práticas integrativas no Carta da Terra em Ação, UMAPAZ 2014.
https://issuu.com/deaumapaz/docs/praticas_integrativas_na_carta_da_t

 

Dias: de 2 de março a 27 de abril de 2017, quintas-feiras
Horário
: das 9 às 12h
Local
: Sede da UMAPAZ – Parque Ibirapuera. Av. Quarto Centenário, 1268.
Pedestres: Portão 7A
Estacionamento: Portão 7 da Av. República do Líbano (Zona Azul).

 

Inscrições encerradas.

Qualquer alteração na atividade será informada via e-mail aos inscritos.

 


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