Histórico

Escola Municipal de Astrofísica Professor Aristóteles Orsini

A Escola Municipal de Astrofísica (EMA) Professor Aristóteles Orsini completou 55 anos em 2016. É uma iniciativa fruto de um intenso trabalho com o ensino e a divulgação da Astronomia na cidade de São Paulo. Mantendo a tradição de dedicação e respeito ao público, ao oferecer um conteúdo de qualidade e atualizado, a Astronomia ensinada na EMA é para todos, sendo até os dias atuais, a única escola pública de Astronomia da América Latina.

Atualmente a EMA está inserida na Secretaria do Verde e Meio Ambiente - SVMA, sendo parte da Universidade Aberta para o Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ). A interação entre essas instituições vem permitindo momentos de troca bastante produtivos e deixando cada vez mais nítida a relação entre o meio ambiente e o universo. Desde a sua inauguração em 25 de janeiro de 1961 até os dias atuais, a EMA já realizou quase setecentos cursos e centenas de palestras e observações, fazendo parte da história de diversos professores e entusiastas atualmente espalhados por todo o Brasil.

Para compreendermos o propósito da criação da EMA, é preciso relembrar um pouco a história do Planetário do Ibirapuera, inaugurado em 26 de janeiro de 1957. O Planetário Prof. Aristóteles Orsini, localizado no Parque Ibirapuera, foi o primeiro Planetário fixo de grande porte instalado no Brasil e desde sua primeira sessão, vem atendendo diversos públicos com diferentes faixas etárias e áreas de atuação profissional.

Nesse contexto a EMA foi idealizada para atender ao público que, estimulado pelas sessões do Planetário do Ibirapuera, desejava participar de cursos envolvendo conceitos de Astronomia e Astrofísica. No final da década de 1950, os cursos ministrados no prédio do Planetário apresentavam um bom número de inscritos, porém, não havia instalações adequadas para a realização das atividades. A maior sala do Planetário funcionava como diretoria, secretaria, área de leitura e biblioteca durante o dia e neste mesmo local, à noite, arrastavam-se os móveis e eram organizadas cadeiras para as dezenas de alunos matriculados. A grande procura pelos cursos nesta época se dava, não só pelo equipamento cultural (Planetário) recém-inaugurado na cidade de São Paulo, mas também pela inexistência de disciplinas que envolvessem a Astronomia nos currículos escolares, a escassez de livros de boa qualidade escritos em português e aos poucos espaços não-formais voltados para o ensino e divulgação da Astronomia. Assim foi criado o projeto da Escola Municipal de Astrofísica, um prédio anexo ao Planetário que poderia ser utilizado para os fins desejados e também para abrigar os instrumentos astronômicos tais como telescópios e lunetas.

O prédio da EMA foi projetado pelo arquiteto Roberto José Goulart Tibau. A estrutura tem uma abordagem que mescla elementos da arquitetura moderna praticada até a década de 50, com conceitos da denominada Escola Paulista, tornando-o por isso um exemplar de arquitetura híbrida. O prédio é tombado pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo e pelo CONPRESP – Conselho Municipal de Tombamento e Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.

Com sua planta livre, reproduz alguns dos princípios da arquitetura moderna que se tornaram clássicos. As duas laterais do prédio apresentam grandes vigas, que além de serem anteparos para a observação astronômica no terraço, parecem sustentar a laje de cobertura. A entrada oferece grandes aberturas envidraçadas nas duas fachadas principais reforçando a transparência e leveza do ambiente, com visibilidade para, de um lado, a área verde do parque e o Planetário e, de outro, o lago. Uma série de dispositivos didáticos voltados à Astronomia são parte integrante do projeto, idealizados para dar suporte às atividades educacionais desenvolvidas pela EMA e pelo Planetário do Parque Ibirapuera. O Auditório foi equipado com equipamentos e mídias necessários para apresentação de aulas, palestras, conferências, mostras de vídeo, pequenas representações teatrais e apresentações musicais. Possui assentos removíveis o que torna o ambiente multiuso.

Atualmente a EMA possui um corpo de técnicos, professores e estagiários que desenvolvem diversas atividades voltadas ao público, como observações solares regulares, observações do céu noturno com telescópios, cursos de astronomia básica e avançada, palestras mensais, exposições, sendo uma referência no ensino gratuito da Astronomia para o público geral e para as escolas.


Fontes:

O FASCÍNIO PELO CÉU, por Paulo Gomes Varella

PLANETÁRIOS DE SÃO PAULO, por Oscar Matsuura

ESCOLA MUNICIPAL DE ASTROFÍSICA PROF. ARISTÓTELES ORSINI, publicação comemorativa elaborada pela prefeitura de São Paulo em agosto de 2008.

ESCOLA MUNICIPAL DE ASTROFÍSICA – 56 ANOS, por Kizzy Alves Resende, Irineu Gomes Varella, Paulo Gomes Varella, Eder Ricardo Canalle, Julio Cezar de Santana.

 

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