A Prefeitura esclarece que é falsa a notícia que informava que o Viveiro Manequinho Lopes, localizado no Parque Ibirapuera, será derrubado para a construção de um restaurante. A informação circulou pelas redes sociais nos últimos dias. O viveiro é um bem tombado pelos órgãos de patrimônio e, portanto, a afirmação não é verdadeira. Trata-se do que se tem chamado de fake news, notícia falsa, em inglês.

A Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias informa que o edital para a concessão do Ibirapuera e outros cinco parques (Jacintho Alberto, Jardim Felicidade, Eucaliptos, Tenente Brigadeiro Faria Lima e Lajeado) está em fase de consulta pública e ainda poderá sofrer modificações até que seja lançado para licitação. A preservação e restauro das estufas históricas do Viveiro Manequinho Lopes será uma obrigação do futuro concessionário. A ideia é que a produção de mudas permaneça no local; porém, como a capacidade atual de produção do viveiro é limitada, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) estuda a possibilidade de levar o serviço também para outros parques da cidade.

Como o objetivo é que o viveiro seja restaurado e aberto ao público, estão previstas novas áreas para atendimento ao usuário, como sanitários e serviço de alimentação.Qualquer intervenção terá que ser feita com as devidas anuências dos órgãos de preservação, patrimônio e da SVMA. 

O Viveiro Manequinho Lopes é gerido atualmente pela Divisão Técnica de Produção e Arborização (DEPAVE-2). Sua principal função é produzir e fornecer mudas de plantas destinadas ao plantio realizado nas áreas públicas municipais (parques, prefeituras regionais, escolas e demais unidades da PMSP). Ele também promove a arborização e o ajardinamento de áreas da municipalidade e desenvolve pesquisa e experimentação para o aprimoramento da produção, além de receber e estocar mudas de Termo de Compromisso Ambiental (TCA). O espaço que ele ocupa é de 48 mil m², o equivalente a 3% de todo o território do Parque Ibirapuera.

Sua produção média mensal é de 67.000 mudas ornamentais, distribuídas em 10 estufas; elas absorvem o calor proveniente do sol e mantêm temperatura mais amena em seu interior, além de protegerem as espécies das intempéries. Como a temperatura interna é controlada, as estufas permitem o desenvolvimento das plantas após a semeadura para que se desenvolvam até atingirem condições de ir para o campo. Há, ainda, 97 estufins (canteiros suspensos), três telados de sombreamento e 39 quadras para matrizes e estoque de mudas.